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PGE/PGM - Rodada 02.2012

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Objetivas - Rodada 02.2012

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Discursivas - Rodada 02.2012 - Questão 1

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PGE/PGM - Rodada 01.2012

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Discursivas - Rodada 01.2012 - Questão 1

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Ministério Público Estadual - Rodada 01.2012

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Ministério Público Estadual - Rodada 52.2011

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PGE/PGM - Rodada 52.2011

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Objetivas - Rodada 52.2011

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Sentença Federal - Rodada 52.2011

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Objetivas - Rodada 51.2011

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Discursivas - Rodada 51.2011 - Questão 4

PGE/PGM - Rodada 02.2012

A empresa X obteve vitória em ação judicial contra a União. Referida ação transitou em julgado regularmente. Foi assegurado à demandante o direito à restituição de R$ 150.000,00 a título de tributo federal pago indevidamente. A Fazenda Nacional também foi condenada a pagar ao patrono da postulante vitoriosa honorários advocatícios equivalentes a 10 % sobre o valor da condenação, ou seja, no montante de R$ 15.000,00. Sucede que a empresa X possui contra si execução fiscal que, embora esteja devidamente embargada, foi ajuizada em razão de dívida de ICMS no montante de R$ 200.000,00. Possui, ainda, débito de contribuição previdenciária no importe de R$ 120.000,00, dos quais R$ 80.000,00 já foram inscritos em divida ativa e R$ 40.000,00 estão sendo discutidos na esfera administrativa. Se não bastasse, recentemente sofreu multa oriunda da Delegacia Regional do Trabalho no valor de R$ 50.000,00, pelo fato de não ter fornecido os equipamentos de proteção individual aos seus funcionários. Por outro lado, o patrono da empresa deve R$ 10.000,00 de imposto de renda à União, credito este já constituído de modo definitivo.

 

Considerado o caso apresentado, elabore parecer fundamentado acerca da possibilidade de compensação dos valores assegurados judicialmente à empresa X, e, respectivamente, ao seu patrono, nos termos do art. 100 da CRFB, levando em conta o (s) ente (s) que seria (m) detentor (es) da capacidade para promover a compensação. 

 

Sentença Estadual - Rodada 02.2012

Roberto Carlos, 19 anos de idade, conhecido ladrão de carros na época em que era adolescente, percebeu um serviço de manobrista em frente a um chique restaurante da cidade e pensou que ali poderia ocorrer uma boa oportunidade para a prática de mais um crime em sua carreira. Viu como o serviço funcionava e voltou no dia seguinte para dar seguimento a seu intento criminoso. Roberto Carlos vestiu um terno preto, se dirigiu até a porta do restaurante e quando o cliente parou o carro para descer, foi até ao encontro deste, recebeu as chaves da mão do cliente, que pensou ser Roberto Carlos manobrista do estabelecimento, entrou no veículo e desapareceu. Minutos mais tarde percebeu que o veículo era uma viatura descaracterizada da Polícia Civil.

Desesperado em evitar sua prisão, levou a viatura a um local ermo, ateou fogo, mas não sem antes subtrair uma pistola .40 de propriedade da Polícia Civil e um óculos Prada, bem pessoal do Delegado Fagundes.

Como era de se esperar, menos de 24 horas após o crime foi preso em flagrante pela Polícia Civil. Foram recuperados a arma e os óculos. A viatura era um Santana no valor de R$ 20.000,00, impossível de ser recuperado em razão das chamas. O magistrado converteu o flagrante em prisão preventiva.

Foram juntados aos autos comprovantes da prática de 4 atos infracionais análogos ao crime de furto quando Roberto Carlos tinha 16 anos de idade.

Após o trâmite regular do inquérito policial, foi denunciado pelo promotor de justiça pela prática de furto do veículo, dano do veículo, e furto (duas vezes) em concurso formal referente ao óculos e à pistola.

Na audiência de instrução e julgamento Roberto Carlos foi reconhecido pelo Delegado Fagundes, que estava com muita raiva, como sendo o suposto manobrista que pegou sua viatura na porta do restaurante. Outro manobrista, ouvido como testemunha de acusação, também reconheceu Roberto Carlos. A terceira testemunha de acusação, o investigador Dedo Mole, disse que no momento da prisão Roberto Carlos este estava usando os óculos Prada do Delegado, e que a arma foi encontrada enterrada no quintal da casa do meliante. No interrogatório, Roberto Carlos confessou o crime e disse que polícia tem que se dar mal mesmo e que se soubesse que Fagundes era Delegado dava uma ré no carro e passava em cima da cabeça dele. Não houve pedido de diligências complementares.

Nas alegações finais o promotor de justiça pediu condenação nos termos da denúncia.

A defesa, por seu turno, alegou as seguintes teses: reconhecimento da continuidade delitiva entre os três furtos e posterior substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos; aplicação de transação penal em relação ao crime de dano; requereu a substituição da prisão cautelar por monitoramento eletrônico.

Elabore a sentença, dispensado relatório.

 

Ministério Público Estadual - Rodada 02.2012

Que se entende por competência jurisdicional implícita? Como a jurisprudência vem se posicionando quanto à aceitação do tema?

 

Objetivas - Rodada 02.2012

(Emagis) Os itens abaixo giram em torno da desapropriação por interesse social para fins de reforma agrária. Depois de apreciá-los, assinale a alternativa ajustada.
I – Dantas é proprietário de uma pequena propriedade rural, e, por isso, esse seu imóvel não pode ser desapropriado para fins de reforma agrária.
II – Eike titulariza imóvel rural cuja extensão alcança 11 módulos fiscais. Nesse caso, mesmo que a propriedade seja improdutiva e descumpra sistematicamente a legislação ambiental, não será viável, a princípio, desapropriar esse bem para fins de reforma agrária.
III - A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei ordinária, aos seguintes requisitos: aproveitamento racional e adequado, utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente, observância das disposições que regulam as relações de trabalho e exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
Há erro:

 

(Emagis) Julgue os itens apresentados a seguir, pertinentes à contratação de pessoal no serviço público, e, na sequência, marque a alternativa correta.
I – É de competência privativa da União estabelecer os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público.
II – De acordo com a Lei 8.745/93, considera-se necessidade temporária de excepcional interesse público a admissão de professor e pesquisador visitante estrangeiros, bem como a admissão de professor substituto e professor visitante.
III – Segundo recente precedente do Superior Tribunal de Justiça, a rescisão unilateral e prematura do contrato de trabalho temporário, firmado com o Poder Público, longe de configurar ato arbitrário, caracteriza ato discricionário, podendo ser rescindido sempre que perecer o interesse público na contratação, estrito à conveniência e à oportunidade na sua permanência.
Estão corretos os itens:

 

(Emagis) No que concerne à interrupção no fornecimento de serviços públicos, têm-se os itens a seguir que, uma vez aquilatados à luz da jurisprudência firmada pelo Superior Tribunal de Justiça, direcionam para uma das alternativas propostas.
I – É lícita a interrupção no fornecimento de água ou energia elétrica devido à inadimplência do consumidor, após aviso prévio, e desde que não se trate de débitos antigos consolidados.
II – Há ilegalidade na interrupção no fornecimento de água nos casos de dívida contestada em Juízo, referente a valores apurados unilateralmente pela concessionária e decorrentes de débitos pretéritos.
III - Mesmo quando o consumidor é órgão público, o corte no fornecimento de água ou energia elétrica está autorizado por lei sempre que resultar da falta injustificada de pagamento, e desde que não afete a prestação de serviços públicos essenciais.

 

(Emagis) Acerca da divisão de competência jurisdicional operada pela Constituição Federal, indique a opção que veicula a assertiva INCORRETA:

 

(Emagis) No que toca ao regime jurídico-constitucional da Seguridade Social, qual das seguintes opções está incorreta?

 

(Emagis) Com base na Lei 4.771/65 (Código Florestal) e na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, julgue os itens abaixo e, a seguir, aponte a alternativa acertada.
I – Considera-se reserva legal a área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas.
II - As florestas e outras formas de vegetação nativa, ressalvadas as situadas em área de preservação permanente, assim como aquelas não sujeitas ao regime de utilização limitada ou objeto de legislação específica, são suscetíveis de supressão, desde que sejam mantidas, a título de reserva legal, no mínimo, 80% (oitenta por cento), em se tratando propriedade rural situada em área de floresta localizada na Amazônia Legal.
III – Segundo entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça, a averbação da reserva legal tem caráter meramente declaratório e a obrigação de recuperar a degradação ambiental ocorrida na faixa da reserva legal abrange aquele que é titular da propriedade do imóvel, mesmo que não seja de sua autoria a deflagração do dano.
Estão corretos os itens:

 

(Emagis) Relativamente às execuções fiscais, verifique o acerto das assertivas abaixo e, no seguimento, sinalize para a alternativa apropriada.
I - Serão arquivados, sem baixa na distribuição, os autos das execuções fiscais de débitos inscritos como Dívida Ativa da União pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional ou por ela cobrados, de valor consolidado igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais).
II – O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, sendo que, dessa suspensão, será aberta vista dos autos ao representante judicial da Fazenda Pública. Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado o devedor ou encontrados bens penhoráveis, o Juiz ordenará o arquivamento dos autos.
III - Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato.
Estão corretos os itens:

 

(Emagis) Marque a alternativa incorreta, relativamente ao ICMS:

 

(Emagis) Quanto ao direito financeiro, julgue, com base na Constituição de 1988, os itens que se apresentam para, a seguir, assinalar a alternativa correta.
I - A União entregará, do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados, 48% (quarenta e oito por cento), sendo que 21,5% (vinte e um inteiros e cinco décimos por cento) será destinado ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal e apenas 22,5% (vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento), ao Fundo de Participação dos Municípios.
II - É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos, de acordo com a repartição das receitas tributárias desenhada em seção própria do Texto Constitucional, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos a impostos. A vedação em tela, contudo, não impede a União e os Estados de condicionarem a entrega de recursos ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias.
III – Cabe à União repassar, considerado o produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, 10% (dez por cento) aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados, conquanto a nenhuma unidade federada possa ser destinada parcela superior a 20% (vinte por cento) dessa fatia.
Há erro:

 

(Emagis) Relativamente à aposentadoria especial (Lei 8.213/91), é incorreto afirmar que:

 

(Emagis) A respeito do processamento do recurso extraordinário, não se revela acertado dizer que:

 

(Emagis) A respeito do curador especial no processo civil, julgue os itens abaixo e aponte a proposição acertada.
I – O juiz dará curador especial ao incapaz, se não tiver representante legal, ou se os interesses deste colidirem com os daquele.
II – É obrigatória a nomeação de curador especial ao réu preso.
III - Ao executado que, citado por edital ou por hora certa, permanecer revel, será nomeado curador especial, com legitimidade para apresentação de embargos.
IV – Segundo entendimento pacificado pelo Superior Tribunal de Justiça, o curador especial é dispensado de oferecer garantia ao Juízo para opor embargos à execução, mesmo antes da Lei 11.382/06.

 

(Emagis) Os itens revelados abaixo dizem respeito à união estável. Julgue-os e aponte a alternativa correta.
I – Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime legal da separação de bens.
II – Consoante expressa previsão do Código Civil, as relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem concubinato.
III – Segundo tem entendido o Superior Tribunal de Justiça, caso a união estável tenha sido constituída e desfeita antes da lei que a regulamentou pela primeira vez, é devida indenização à companheira em razão dos serviços domésticos prestados ao companheiro, na hipótese de não haver patrimônio adquirido com esforço comum.
IV – De acordo com recente precedente do Superior Tribunal de Justiça, comprovada a existência de união afetiva entre pessoas do mesmo sexo, é de se reconhecer o direito do companheiro sobrevivente à meação dos bens adquiridos a título oneroso ao longo do relacionamento, em nome de um apenas ou de ambos, sem que se exija, para tanto, a prova do esforço comum, que, nesses
casos, é presumida.
Estão corretos somente os itens:

 

(Emagis) Com base no Código de Defesa do Consumidor, julgue os itens a seguir e promova a marcação da alternativa adequada.
I - O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais.
II – Na esteira da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, não configura engano justificável a cobrança de tarifa referente a esgoto, se não foi prestado pela concessionária o serviço público, razão pela qual os valores indevidamente cobrados ao usuário devem ser restituídos em dobro.
III – Segundo expressa previsão legal contemplada no Código de Defesa do Consumidor, em todos os documentos de cobrança de débitos apresentados ao consumidor deverão constar o nome, o endereço e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF ou no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ do fornecedor do produto ou serviço correspondente.

 

(Emagis) Sobre os seguintes institutos do direito societário, assinale a opção cuja assertiva  coaduna-se com a regulamentação legal pertinente.

 

(Emagis) Com base na legislação e na jurisprudência dos Tribunais Superiores formada acerca do regime de cumprimento de pena, assinale a alternativa incorreta:

 

(Emagis) A respeito do crime de roubo, têm-se os itens abaixo que, uma vez julgados, direcionam para a alternativa apropriada.
I - Atualmente, o emprego de arma branca é causa de aumento da pena de 1/3 (um terço) até metade.
II - É pacífico o entendimento do STJ no sentido de que a configuração da majorante atinente ao emprego de arma de fogo prescinde de apreensão da arma utilizada no crime e de realização de exame pericial para atestar a sua potencialidade lesiva.
III - Segundo o STJ, a prática do crime de roubo contra estabelecimento comercial caracteriza circunstância a justificar o aumento da pena-base.
Há erro:

 

(Emagis) Julgue os itens abaixo, concernentes à suspensão condicional do processo (Lei 9.099/95, art. 89). Após, assinale a alternativa correta.
I – Na desclassificação do crime e na procedência parcial da pretensão punitiva é cabível a suspensão condicional do processo.
II – Não se admite a suspensão condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano.
III – A jurisprudência pacífica do Superior Tribunal de Justiça considera cabível o sursis processual nas ações penais privadas, sendo da alçada do autor da queixa-crime a apresentação da proposta.
Estão corretos os itens:

 

(Emagis) Relativamente à competência processual penal, assinale a alternativa incorreta:

 

(Emagis) A respeito do Estatuto do Estrangeiro (Lei 6.815/80), é incorreto afirmar que:

 

Discursivas - Rodada 02.2012 - Questão 1

Dispõe o artigo 110 do Código Tributário Nacional: A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias. Por sua vez, o parágrafo único do artigo 116 do CTN diz que a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. Pergunta-se:como fica a aplicação, em seara tributária, da teoria da boa-fé objetiva e do abuso de direito para fins de caracterização/descaracterização da ocorrência do fato gerador? Responda em vinte linhas.

Discursivas - Rodada 02.2012 - Questão 2

Afrodite é uma trabalhadora brasileira que durante suas férias resolveu conhecer a turismo tanto a cidade de Paris, capital da França, como a de Macapá/AP. Para tanto, acessando a internet de sua residência em Brasília/DF, contratou com uma Cia. Aérea Nacional a aquisição de 2 passagens distintas, uma para o trecho de cabotagem e a outra para o destino internacional. Para sua infelicidade em ambas oportunidades, por atraso na decolagem dos vôos que saíram de Macapá e de Paris, Afrodite perdeu as conexões originalmente previstas para Brasília/DF, sendo obrigada a esperar e dormir desconfortavelmente nos aeroportos por quase 24h, até embarcar nos mesmos vôos do dia seguinte, dada a completa falta de assistência da Cia. Aérea em providenciar hotel. Já em Brasília, nas duas oportunidades, percebeu o extravio da bagagem despachada para o compartimento na barriga do avião.

Pergunta-se: 1) Qual o(s) diploma(s) normativo(s) que rege(m) a relação entre Afrodite e Cia. Aérea? 2) Haveria diferença no quantum do ressarcimento dos danos materiais entre os vôos nacional e internacional? 3) Seria juridicamente possível no direito brasileiro reclamar danos morais para o vôo internacional? 4) O prazo prescricional para reclamar indenização no vôo nacional e no internacional seria o mesmo?

Máximo de 20 linhas.

Discursivas - Rodada 02.2012 - Questão 3

Como se projeta a responsabilidade da pessoa por obrigações contraídas pela empresa de cujo capital ela seja a titular exclusiva? (20 linhas)

 

Discursivas - Rodada 02.2012 - Questão 4

O fundamento jurídico contido na Súmula 85 do Superior Tribunal de Justiça pode ser aplicado às obrigações de trato sucessivo de natureza civil? (20 linhas)

Discursivas - Rodada 02.2012

Dispõe o artigo 110 do Código Tributário Nacional: A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias. Por sua vez, o parágrafo único do artigo 116 do CTN diz que a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. Pergunta-se:como fica a aplicação, em seara tributária, da teoria da boa-fé objetiva e do abuso de direito para fins de caracterização/descaracterização da ocorrência do fato gerador? Responda em vinte linhas.

 

Afrodite é uma trabalhadora brasileira que durante suas férias resolveu conhecer a turismo tanto a cidade de Paris, capital da França, como a de Macapá/AP. Para tanto, acessando a internet de sua residência em Brasília/DF, contratou com uma Cia. Aérea Nacional a aquisição de 2 passagens distintas, uma para o trecho de cabotagem e a outra para o destino internacional. Para sua infelicidade em ambas oportunidades, por atraso na decolagem dos vôos que saíram de Macapá e de Paris, Afrodite perdeu as conexões originalmente previstas para Brasília/DF, sendo obrigada a esperar e dormir desconfortavelmente nos aeroportos por quase 24h, até embarcar nos mesmos vôos do dia seguinte, dada a completa falta de assistência da Cia. Aérea em providenciar hotel. Já em Brasília, nas duas oportunidades, percebeu o extravio da bagagem despachada para o compartimento na barriga do avião.

Pergunta-se: 1) Qual o(s) diploma(s) normativo(s) que rege(m) a relação entre Afrodite e Cia. Aérea? 2) Haveria diferença no quantum do ressarcimento dos danos materiais entre os vôos nacional e internacional? 3) Seria juridicamente possível no direito brasileiro reclamar danos morais para o vôo internacional? 4) O prazo prescricional para reclamar indenização no vôo nacional e no internacional seria o mesmo?

Máximo de 20 linhas.

 

Como se projeta a responsabilidade da pessoa por obrigações contraídas pela empresa de cujo capital ela seja a titular exclusiva? (20 linhas)

 

 

O fundamento jurídico contido na Súmula 85 do Superior Tribunal de Justiça pode ser aplicado às obrigações de trato sucessivo de natureza civil? (20 linhas)

 

Sentença Federal - Rodada 02.2012

DOLORES HAZE, enfermeira, 30 anos, propôs ação perante o Juizado Especial Federal contra o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, autarquia federal, e CHARLOTTE HORN, dona de casa, 58 anos, objetivando obter provimento jurisdicional que lhe garanta o direito de perceber o benefício de pensão por morte em razão do falecimento do Sr. HUMBERTO HUMBERT, médico, já aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social – RGPS à época do óbito.

Narrou a autora em sua petição inicial que conheceu o Sr. HUMBERTO HUMBERT em  julho do ano de 2005, quando trabalhava no Hospital São Nabokov como enfermeira e este último com médico neurocirurgião. Aduziu que, então, começou um relacionamento amoroso com o de cujus, mesmo sabendo que este era casado com a ora litisconsorte passiva, a Sra. CHARLOTTE HORN. Explicou que permaneceu como amante do falecido por 2 (dois) anos, até que, em julho de 2007, o Sr. HUMBERTO “deixou a mulher” e “saiu de casa”, a partir de quando passaram a morar juntos. Disse que firmaram domicílio na Rua dos Renegados, nº 100, casa alugada pelo próprio de cujus, tendo ambos lá habitado até o óbito deste. Afirmou que seu relacionamento com o morto era do conhecimento de todos, inclusive por parte dos familiares de ambos os lados, bem como da Sra. CHARLOTTE.  Explicou que o falecido não se divorciou formalmente da esposa, mas desde que a deixou nunca mais voltou a manter qualquer tipo de relação amorosa com ela. Esclareceu que o de cujus se aposentou pelo RGPS em 08/08/2008. Afirmou que conviveu harmoniosamente com ele até a data de seu falecimento aos 65 anos de idade, em 20/05/2011, ocorrido em razão de um derrame cerebral. Pontuou, inclusive, que foi ela quem ficou diuturnamente no hospital com o Sr. HUMBERTO durante os 10 dias em que este permaneceu internado antes de vir a óbito. Asseverou que após o falecimento de seu companheiro protocolou perante a autarquia ré, em 01/08/2011, pedido administrativo de concessão de pensão por morte, o qual, contudo, foi negado em função de a litisconsorte passiva já ter, àquela data, se habilitado na condição de esposa, estando atualmente recebendo o benefício.

Argumenta a autora ser a legítima companheira do segurado falecido, de modo que, com base no disposto no art. 226, § 3º, da Constituição Federal, no Código Civil e na Lei nº 8.213/91, possui direito ao recebimento da pensão previdenciária deixada pelo morto. Alegou também que a partir da separação de fato ocorrida entre o de cujus e a litisconsorte passiva, deixou ela de ostentar a condição de dependente daquele, pelo que não faria jus ao recebimento do referido benefício.

Assim, postulou a promovente a condenação do INSS no dever de lhe conceder o benefício de pensão por morte na condição de companheira do instituidor, o Sr. HUMBERTO HUMBERT, pagando-lhe o benefício de forma integral, com a exclusão da Sra. CHARLOTTE HORN do rol de beneficiários. Postulou também a condenação dos réus no dever de pagar-lhe os valores atrasados referentes ao benefício, desde o falecimento do segurado, corrigido monetariamente e acrescidos de juros de mora de 1% ao mês, além dos honorários advocatícios no percentual de 20%.

Vieram com a inicial os seguintes documentos: 1) cópia da Certidão de Óbito do Sr. HUMERTO HUMBERT, atestando seu falecimento em 20/05/2011; 2) comprovantes de que o Sr. HUMBERTO HUMBERT percebia do RGPS aposentadoria por tempo de contribuição desde 08/08/2008, com valores que sempre chegaram ao teto dos benefícios; 3) comprovante de que a Sra. CHARLOTTE HORN é a única beneficiária da pensão por morte deixada pelo Sr. HUMBERTO; 4) contracheques do falecido atestando que este, quando na ativa, recebia remuneração de R$ 15.000,00 líquidos; 5) contracheques da autora atestando que esta atualmente recebe R$ 7.000,00 líquidos pelo trabalho com enfermeira; 6) Contrato de Aluguel do imóvel residencial localizado na Rua dos Renegados, nº 100, firmado pelo de cujus; 7) comprovantes de domicílio em nome da autora e do falecido entre os anos de 2007 e 2011, sempre constando como endereço residencial de ambos a casa localizada na Rua dos Renegados, nº 100; 8) apólice de seguro de vida contratado pelo falecido em que consta a autora como beneficiária; 9) declaração do IR do falecido dos exercícios 2009, 2010 e 2011 em que consta a autora como sua dependente; 10) várias fotografias da autora acompanhada do de cujus em festas e eventos sociais, tais como batizados, casamentos, aniversários etc.

Em contestação, o INSS arguiu a preliminar de carência de ação, por falta de interesse de agir, em razão de a autora não ter esgotado todas as instâncias administrativas quando formulara seu pedido perante a autarquia previdenciária. Explicou a ré que após o indeferimento de seu pleito no primeiro grau do contencioso administrativo, a demandante já ingressou com a presente ação, sem que tivesse antes interposto o recurso cabível contra aquela decisão (fato provado). Assim, pede seja o processo extinto com fulcro no art. 267, VI, do Código de Processo Civil. Adentrando no mérito, na hipótese de não ser acolhida a preliminar, aduziu que não restou devidamente comprovada a invocada união estável entre a Sra. DOLORES HAZE e o falecido segurado, razão pela qual não poderia ser concedido o benefício vindicado. Defendeu ainda que ao conceder o benefício à Sra. CHARLOTTE, o fez em conformidade com a legislação, já que esta apresentou à repartição do ISSS, quando de seu pedido administrativo, sua Certidão de Casamento com o de cujus (fato provado). Ponderou que os servidores da autarquia não tinham como saber se o falecido havia eventualmente se separado de fato da litisconsorte ou se havia iniciado união estável com outra pessoa. Argumentou também que, mesmo na hipótese de a ação ser julgada procedente, não pode o INSS ser condenado a pagar à parte autora as parcelas pretéritas, já que durante todo o período a pensão foi paga na integralidade à ré CHARLOTTE HORN, de forma que, caso seja compelido a pagar os atrasados á demandante, isso implicará em duplo pagamento do mesmo benefício, em prejuízo aos cofres da autarquia. Juntou prova de que a data de entrada do requerimento (DER) da litisconsorte foi 01/06/2011, tendo a data do início do benefício (DIB) retroagido a 20/05/2011.

Devidamente citada, a ré CHARLOTTE HORN apresentou contestação na qual afirmou ser a legítima esposa do Sr. HUMBERTO HUMBERT, “pois se casou com ele perante o juiz e também perante o padre, vestida de branco”. Disse também que nunca se divorciou do falecido, “até porque o casamento, aos olhos de Deus, é indissolúvel”. Asseverou que o de cujus foi seu único homem, tendo se casado com ele aos 21 anos de idade, ocasião em que largou a faculdade de psicologia que à época cursava para seguir seu marido nas andanças pelo interior do estado na condição de medico recém-formado. Por este motivo, explicou, nunca trabalhou, tendo sido por toda a vida sustentada pelo falecido. Ponderou que todo o seu tempo era dedicado a cuidar da casa, do marido e dos filhos, estes no total de três, hoje “todos maiores e formados”. Prosseguindo em sua defesa, esclareceu a ré que seu marido, por outro lado, “nunca foi um homem de uma única mulher”, tendo se inteirado ao logo da vida conjugal de inúmeros casos amorosos mantidos por ele. Em relação à Sra. DOLORES HAZE, afirmou que ela não passava de uma amante, no máximo, de uma concubina, não podendo de forma alguma ser enquadrada na condição de companheira, até porque, para tanto, se faria necessário que ambos, homem e mulher, fossem desimpedidos para o casamento, o que não era o caso do falecido. Alegou que esta era apenas “mais uma das puladas de cerca de seu marido, a última, por certo, mas não a única”, defendendo que faltava à aludida “relação espúria” qualquer estabilidade ou finalidade de constituir família. Fato indicativo desta conclusão, segundo a ré, era a circunstância de a postulante e seu falecido marido sequer terem tido filhos. Terminando sua peça defensiva, reconheceu que a ré que o falecido, de fato, deixou de coabitar com a demandada no ano 2007 – não que isto tenha implicado no fim do casamento, insistiu – , contudo, mesmo após tal data, o de cujus sempre visitava a residência da família para vê-la e para ver os filhos. Explicou que após o fim da coabitação o falecido passou a contribuir mensalmente para a manutenção da casa com o valor de R$ 3.000,00. Esclareceu que esta contribuição dava-se de diferentes maneiras, a depender do mês: às vezes o valor era transferido da conta do de cujus para a conta da litisconsorte; em outras o dinheiro era entregue pessoalmente pelo Sr. HUMBERTO; em outras ainda o valor era parcialmente repassado através de compras de suprimentos no supermercado, na aquisição de algum bem durável ou no pagamento de alguma conta. De qualquer forma, frisou a demandada, os R$ 3.000,00 sempre eram repassados, tendo isto resultado de um acordo informal entre ambos.

Com a contestação da litisconsorte vieram os seguintes documentos: 1) cópia da Certidão de Casamento civil da ré com o de cujus; 2) cópia da Certidão de Casamento religioso da ré com o de cujus; 3) cópias das Certidões de Nascimento dos três filhos que a ré teve com o falecido, tendo eles hoje 22, 25 e 27 anos; 4) cópia do registro do imóvel em que a ré reside em seu nome e no do Sr. HUMBERTO, adquirido no ano de 1989; 5) diversos extratos bancários demonstrando transferências, em meses variados, mas com alguma descontinuidade, entre o ano de 2007 e 2011, no valor de R$ 3.000,00, da conta do falecido para a conta da ré; 6) cópia da CTPS da ré inteiramente em branco.

Intimada para falar sobre as contestações, a autora deixou transcorrer o prazo sem se manifestar.

Em audiência de instrução foram ouvidas cinco testemunhas arroladas pela autora, entre as quais um irmão e uma irmã do Sr. HUMERTO e um colega de trabalho deste, e outras cinco pela litisconsorte passiva, dentre estas outra irmã do falecido e duas vizinhas da ré. As primeiras afirmaram unissonamente: que a autora viveu sobre o mesmo teto com o falecido desde o ano de 2007 até o falecimento deste último; que o casal se comportava e se apresentava perante a sociedade como se casados fossem; que ambos se tratavam como marido e mulher; que desde que o casal passou a coabitar existia um relacionamento pautado na confiança e na exclusividade; que sabiam que o Sr. HUMBERTO era casado, mas que este tinha largado a mulher; que a autora trabalha há muitos anos como enfermeira, ganhando valores suficientes para se sustentar; que a autora permaneceu ao lado do de cujus até a hora de seu falecimento, tendo também comparecido ao enterro. Já as testemunhas arroladas pela ré afirmaram convergentemente: que a Sra. CHARLOTTE foi casa com o Sr. HUMERTO por mais de duas décadas; que, na verdade, os dois nunca se divorciaram; que a litisconsorte nunca trabalhou fora de casa, por exigência do falecido, que era um homem muito machista e ciumento, de modo que a ré sempre dependeu do de cujus para se sustentar; que sabem que o falecido deixou de morar com a ré no ano de 2007, mas que mesmo após essa data continuou a sustentar o lar, onde mora a litisconsorte e dois dos filhos do casal, seja fazendo compras, pagando contas ou repassando dinheiro; que a infidelidade do Sr. HUMBERTO para com a ré era conhecida de todos, pois aquele frequentemente era visto em shows de forró, sempre acompanhado de mulheres diferentes.

Em alegações finais, a autora afirmou ter ficado demonstrado na instrução processual que a litisconsorte, na condição de ex-esposa, não recebia pensão alimentícia do falecido, nunca tendo havido qualquer determinação judicial nesse sentido, de forma que, pelo regramento conferido pela Lei nº 8.213/91, não deve aquela ser considerada sua dependente para fins previdenciários. No mais, reiterou o pedido para que a ação fosse julgada totalmente procedente, mas, na hipótese de entender o juiz que deva a pensão ser repartida entre ela e a litisconsorte passiva, defendeu que esta divisão deve respeitar a mesma proporção da parcela da remuneração do de cujus que, segundo a Sra. CHARLOTTE, aquele lhe destinava mensalmente, ou seja, 1/5 da pensão (R$ 3.000,00 = 1/5 de R$ 15.000,00), cabendo à promovente 4/5 do benefício.

Já o INSS defendeu que, dada a vedação da bigamia por nossa ordem jurídica, a pensão instituída pelo Sr. HUMBERTO HUMBERT deveria ser necessariamente percebida por apenas uma das duas, a autora ou a litisconsorte passiva, não se admitindo que o Direito proteja concomitantemente uma esposa e uma suposta companheira de um mesmo homem. Reiterou a autarquia também sua alegação anterior no sentido de que não pode ser condenada nos atrasados em favor da autora, caso a ação seja julgada procedente.

A litisconsorte passiva, por sua vez, ao apresentar suas derradeiras alegações, insistiu que a autora deve ser qualificada como concubina, e não como companheira, já que o falecido era um homem casado. Por fim, requereu fosse a ação julgada improcedente.

 

Com base no relato acima, redija a sentença adequada.

 

Sentença Federal - Rodada 01.2012

Adão da Silva, Eva da Silva e Caim da Silva ingressaram com ação, processada sob o rito ordinário, contra o Estado de São Paulo, postulando o pagamento de indenização a título de danos materiais e morais. A inicial foi distribuída em 1º/05/2011 ao juízo da Comarca de Borá/SP, onde são domiciliados os demandantes.

Narra a peça vestibular que Raquel da Silva, filha dos dois primeiros autores e tia do terceiro requerente, foi estuprada e em seguida assassinada por João Covarde, no dia 1º/04/2007, quando retornava do trabalho. É historiado, também, que João Covarde é fugitivo do sistema penitenciário estadual, onde cumpria pena pela prática do delito inscrito no art. 121, § 2º, II e III, do Estatuto Repressivo.

Alegam os requerentes que o simples fato de ter havido a fuga de estabelecimento prisional sob a administração da parte ré consubstancia motivo suficiente para o acionamento da responsabilidade civil objetiva do Estado. Afirmam que a falecida vivia juntamente com seus pais e auxiliava sobremaneira no sustento da casa, uma vez que se trata de família de baixa renda. Destacam a proximidade de Caim da Silva com a de cujus, uma vez que a única irmã desta já é falecida e, a partir do óbito da mãe, houve um maior estreitamento dos laços entre o autor e a falecida. Pedem compensação financeira ante os danos materiais nascidos da conduta ilícita da requerida, sob a forma de pensão mensal vitalícia em valor equivalente ao salário que a falecida recebia à data do óbito, em prol de cada um dos demandantes, mediante a constituição de capital garantidor. Pleiteiam, outrossim, o reembolso das despesas com o funeral e indenização dos danos morais que nasceram do prematuro óbito da filha/tia, embora a ausência no convívio familiar substantive perda irreparável.

Com a inicial, amealharam-se, dentre outros, os seguintes documentos: (a) cópia dos autos relativos à execução da pena imposta a João Covarde, dos quais se extrai que o sentenciado ainda esteve em colônia industrial até o dia 25/03/2007, cumprindo pena, e que, anteriormente, já havia se evadido do sistema prisional por outras 7 (sete) ocasiões, sem que o Juízo da Execução Penal tenha promovido a regressão do regime de cumprimento de pena, do semi-aberto para o fechado; (b) certidão de óbito de Raquel da Silva e cópia dos autos da ação penal movida em desfavor de João Covarde devido aos fatos acima narrados, de onde é possível obter elementos probatórios pertinentes ao estupro e ao assassinato referidos, encontrando-se o feito na fase “aguardando Júri designado para 06/01/2012”; (c) CTPS da falecida Raquel da Silva, onde anotado vínculo empregatício com a empresa Passar Bem Lavanderias Ltda., na função de passadeira, com salário mensal de R$ 585,00 (quinhentos e oitenta e cinco reais) à época da contratação, implementada em 10/01/2007, sendo que a data de saída coincide com a dia do seu passamento; (d) CTPS do autor Adão da Silva, cujo vínculo atual é na função de jardineiro, com remuneração de 1 (um) salário mínimo por mês; (e) CTPS da autora Eva da Silva, trabalhadora rural (colheita de maçãs), com salário equivalente a 1 (um) salário mínimo mensal; (f) CTPS do autor Caim da Silva, estampando liame empregatício na qualidade de gerente sênior do Banco iBaú S/A, com renda mensal de R$ 5.570,00 (cinco mil, quinhentos e setenta reais); (g) documentos pessoais dos autores e da falecida dos quais se extrai que Adão é nascido em 07/09/1950, Eva em 22/09/1954, Caim em 15/11/1987 e Raquel em 21/04/1987, constando os três primeiros como casados e a última com estado civil de solteira; (h) documentos pessoais de Ruth da Silva, mãe de Caim e única irmã de Raquel, verificando-se o seu nascimento em 12/10/1970 e seu óbito em 08/12/2000.

Concedida a assistência judiciária gratuita e determinada a citação do Estado de São Paulo, este, em sua peça contestatória, suscitou, preambularmente, sua ilegitimidade passiva ad causam, na medida em que a petição inicial é clara em referir João Covarde com aquele que efetivamente causou, de forma direta e imediata, o dano cuja reparação é reclamada pelos familiares. Ainda nesta seara prefacial, arguiu a necessidade de formação de litisconsórcio passivo necessário ou então de denunciação da lide relativamente a Durmino Ponto, Juiz de Direito que se encarregara da malsinada execução penal. Pontuou, nesse sentido, que a denunciação da lide, a teor do art. 70, III, do CPC, é de caráter obrigatório, ao mesmo tempo em que não trará prejuízo à marcha processual. Questionou, por outro lado, a concessão da assistência judiciária gratuita, à vista da renda mensal auferida  e diante da inexistência de declaração de hipossuficiência firmada pelos dois primeiros demandantes (fato verdadeiro).

No mérito, aventou prejudicial atinente à prescrição, haja vista o transcurso do lapso previsto no art. 206, § 3º, V, do Código Civil, acionável mercê da regra expressa do art. 10 do Decreto 20.910/32. Quanto ao tema de fundo, sublinhou que no máximo se poderia cogitar em responsabilidade por omissão, que assume contornos subjetivos em nossa ordem jurídica. Disse que não há, contudo, nexo etiológico entre a suposta omissão estatal e o dano causado, senão de forma remota, insuficiente a gerar o dever indenizatório, uma vez que o verdadeiro causador do lamentável infortúnio não foi outra pessoa além de João Covarde. Sustentou que sobrinho, em hipótese alguma, pode merecer indenização por pretenso dano moral decorrente do óbito de tia, ao mesmo tempo em que eventual pensionamento aos pais, no caso concreto, desvela-se inapropriado ante o trabalho remunerado realizado por ambos. Na eventualidade de se reconhecer cabível o pagamento de indenização à guisa de danos morais, que o seja em patamares modestos, condizentes com a realidade econômica vivenciada pela família. Alfim, sublinhou a inexistência de comprovação dos gastos com o funeral da de cujus.

Instados a especificar provas, autores e réu disseram não terem outras a produzir, sendo por este frisado que o ônus probandi recai sobre aqueles.

Os autos vieram, então, conclusos para sentença. Elabore-a, dispensado o relatório.

 

Objetivas - Rodada 01.2012

(Emagis) Os itens abaixo versam sobre o controle de constitucionalidade. Após examiná-los, indique a alternativa correta.
I – A jurisprudência atual do Supremo Tribunal Federal admite a submissão das normas orçamentárias ao controle abstrato de constitucionalidade.
II – É inadmissível a declaração de inconstitucionalidade da norma impugnada quando a norma por ela revogada padece do mesmo vício de inconstitucionalidade e não foi objeto da ação direta, ação essa que, portanto, não merece ser conhecida.
III – Não é cabível o controle concentrado de constitucionalidade quando a norma impugnada ofende apenas indireta ou reflexamente ao Texto Constitucional.
Estão corretos os itens:

 

(Emagis) Em relação ao regime jurídico-constitucional da Administração Pública, aponte a alternativa correta:

 

(Emagis) Sobre a ação civil pública, como forma de controle da Administração Pública, julgue os itens a seguir e aponte a alternativa correta.
I – Têm legitimidade para a ação civil pública o Ministério Público, a Defensoria Pública, a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, as autarquias, as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
II – A ação civil pública pode ser proposta por associação que, concomitantemente, esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil e inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. Esse requisito da pré-constituição, contudo, poderá ser dispensado pelo juiz, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido.
III – A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça tem reconhecido que o Ministério Público dispõe de legitimidade ativa para o ajuizamento de ação civil pública em favor de uma única criança hipossuficiente que, tendo plano de saúde privado, não obteve a cobertura junto à seguradora quanto ao tratamento do câncer que lhe acomete.
Estão corretos os itens:

 

(Emagis) Sobre a improbidade administrativa, analise as proposições a seguir e indique a alternativa apropriada.
I – Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, é sua a competência originária para o processamento e julgamento de ação por improbidade administrativa movida contra um de seus Ministros.
II - A jurisprudência mais recente do Supremo Tribunal Federal tem reconhecido que há prerrogativa de foro em sede de ação por improbidade administrativa movida contra prefeitos, de forma coerente com o que tem entendido em relação a outras autoridades a quem vem reconhecendo tal prerrogativa.
III – Consoante recente precedente do Superior Tribunal de Justiça, compete ao Tribunal de Justiça processar e julgar mandado de segurança que ataca a instauração de inquérito civil público no qual se investiga a suposta prática de ato de improbidade administrativa por juiz de direito.
Há erro:

 

(Emagis) Em relação ao mandado de segurança, na sua leitura jurisprudencial e de acordo com a Lei 12.016/09, assinale a alternativa correta:

 

(Juiz Federal TRF1 - 2009) Assinale a opção correta quanto ao princípio da precaução.

 

(Emagis) Os itens a seguir referem-se ao IPTU. Depois de julgá-los, assinale a alternativa correta.
I – É de competência municipal e pode ser progressivo em razão do valor do imóvel.
II – Pode ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.
III – O princípio da anterioridade nonagesimal aplica-se à fixação da sua base de cálculo.
IV – O princípio da anterioridade nonagesimal aplica-se ao aumento de suas alíquotas.

 

(Emagis) Em relação aos embargos à execução fiscal, têm-se os itens abaixo que, uma vez julgados, direcionam para a alternativa correspondente.
I – Ao executado que, citado por edital ou por hora certa, permanecer revel, sera nomeado curador especial, com legitimidade para apresentação de embargos.
II – Embora a Lei 6.830/80 proíba a invocação da compensação como matéria de defesa em sede de embargos à execução fiscal, a jurisprudência pacífica do Superior Tribunal de Justiça admite a alegação da extinção da execução fiscal ou da necessidade de dedução de valores pela compensação total ou parcial, respectivamente, contanto que esta já tenha sido efetuada à época do ajuizamento do executivo fiscal.
III - A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução.
Estão corretos os itens:

 

(Emagis) A respeito da classificação da receita pública, é incorreto dizer que:

 

(Emagis) Sobre o benefício previdenciário da aposentadoria por idade (RGPS, Lei 8.213/91), é correto afirmar que:

 

(Defensor Púbico - MA/2011). Considere que, para fixar o quantum debeatur, a parte ajuíze demanda de liquidação da sentença condenatória por arbitramento. Nessa situação,

 

(Defensor Púbico - MA/2011). Acerca do pedido, assinale a opção correta.

 

(Emagis) Sobre o contrato de arrendamento mercantil, apresentam-se a julgamento os itens abaixo que, uma vez aquilatados, sinalizam para uma das alternativas propostas.
I – No contrato de arrendamento mercantil (leasing), ainda que haja cláusula resolutiva expressa, é necessária a notificação prévia do arrendatário para constituí-lo em mora.
II – Segundo precedentes do Superior Tribunal de Justiça, tendo em vista a onerosidade excessiva havida em decorrência da mudança na política cambial do país ocorrida nos idos de 1999, nos contratos de arrendamento mercantil com previsão de reajuste das prestações com base na variação cambial do dólar, o reajuste das prestações, a partir de janeiro de 1999, deverá ser feito pela metade da variação cambial.
III - A cobrança antecipada do valor residual garantido (VRG) descaracteriza o contrato de arrendamento mercantil.
Estão corretos os itens:

 

(Emagis) Julgue os itens abaixo, à luz da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça em torno da proteção ao consumidor. Após, assinale a alternativa adequada.
I - A ausência de prévia comunicação ao consumidor da inscrição do seu nome em cadastros de proteção ao crédito, por si só, enseja o direito à compensação por danos morais, salvo quando preexista inscrição desabonadora regularmente realizada.
II - Cabe ao fornecedor do produto ou serviço promover a notificação do devedor antes de proceder à inscrição em cadastro de proteção ao crédito.
III - Os órgãos mantenedores de cadastros possuem legitimidade passiva para as ações que buscam a reparação dos danos morais e materiais decorrentes da inscrição, sem prévia notificação, do nome de devedor em seus cadastros restritivos, inclusive quando os dados utilizados para a negativação são oriundos do CCF do Banco Central ou de outros cadastros mantidos por entidades diversas.

 

(Emagis) No tocante à caracterização da figura do empresário e sua inscrição no registro competente, julgue os itens a seguir e assinale a alternativa justa.
I) Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços, incluindo-se aqui aquele que exerce profissão de natureza intelectual ou científica, desde que com o concurso de auxiliares ou colaboradores, independentemente de o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
II) A inscrição do empresário o Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede é obrigatória, procedendo-se mediante requerimento que contenha seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens, além da firma, com a respectiva assinatura autógrafa, o capital, o objeto e a sede da empresa, a qual deve ser providenciada até o prazo de 6 (seis) meses após o início das atividades empresariais.
III) O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária. Em qualquer caso, a constituição do estabelecimento secundário deverá ser averbada no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede.

 

(Emagis) Sobre os crimes contra a ordem tributária, julgue os itens a seguir e aponte a alternativa correta.
I – Nos crimes contra a ordem tributária capitulados na Lei 8.137/90, o juiz, considerando o ganho ilícito e a situação econômica do réu, se verificar a insuficiência ou excessiva onerosidade da pena de multa – que pode variar entre 10 e 360 dias-multa -, poderá diminuí-la até a décima parte ou elevá-la ao quintuplo.
II – A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça orienta-se no sentido de que é aplicável o princípio da insignificância quando o valor das contribuições previdenciárias descontadas dos segurados empregados e não repassadas à Seguridade Social for inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais).
III – Segundo recente precedente do Supremo Tribunal Federal, mesmo tendo sido oferecida a denúncia – pertinente ao crime do art. 1º da Lei 8.137/90, que é material ou de resultado - quando ainda não constituído definitivamente o crédito tributário, não há nulidade a ser reconhecida se, no curso da instrução criminal, o contencioso administrativo fiscal se encerrar.
Estão corretos os itens:

 

(Emagis) Com base na Lei 11.343/06 e na sua compreensão jurisprudencial, assinale a alternativa incorreta:

 

(Emagis) Sobre a videoconferência no processo penal, julgue os itens propostos e assinale a alternativa correta.
I – De regra, o interrogatório do réu preso será  realizado, em sala própria, no estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do ato. Apenas a título excepcional e diante da configuração de uma das situações delineadas na legislação processual penal, pode o juiz realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real.
II – Caso a testemunha resida fora da jurisdição do juiz natural da ação penal, sua oitiva poderá ser realizada por meio de videoconferência, permitida a presença do defensor e podendo ser realizada, inclusive, durante a realização da audiência de instrução e julgamento.
III – Segundo precedentes do Superior Tribunal de Justiça, é relativa a nulidade decorrente da realização de interrogatório por videoconferência anteriormente ao advento da Lei 11.900/09.
Estão corretos os itens:

 

(Emagis) A respeito da competência processual penal, há equívoco em afirmar que:

 

(Emagis) Com base na Constituição Federal e na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça formada ao redor do direito internacional, julgue os itens abaixo e aponte, no seguimento, a alternativa ajustada.
I – Klaus é alemão, porém há 6 (seis) meses é domiciliado na cidade do Rio de Janeiro. Tendo ajuizado ação contra os Estados Unidos da América por conta de alegados danos materiais e morais, compete à Justiça Federal de primeira instância processá-la e julgá-la.
II – Segundo precedentes do Superior Tribunal de Justiça, deve ser indeferida, ante a ocorrência de impossibilidade jurídica do pedido, a petição inicial de ação de indenização por danos materiais e morais movida por pessoa física contra a República Federal da Alemanha em decorrência de suposto ato de guerra do qual teria advindo a morte do genitor do autor, que se encontrava em navio naufragado durante a Segunda Guerra Mundial.
III – Na linha do entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça, é correto afirmar ser cabível a interposição de agravo de instrumento perante o Superior Tribunal de Justiça, impugnando decisão interlocutória em causa cujas partes são organismo internacional – Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), na condição de litisconsorte passivo necessário - e pessoa jurídica de direito privado domiciliada no país.

 

PGE/PGM - Rodada 01.2012

Determinado cidadão ajuizou, perante vara do Juizado Especial Federal da Seção Judiciária do Estado de Goiás, ação anulatória de crédito tributário cumulada com restituição de indébito e pedido de antecipação de tutela em face da União, sob os seguintes fundamentos:
1)    Alega que se aposentou regularmente por tempo de serviço, e não em razão de doença (câncer) que lhe acometeu;
2)    Aduz que em razão de um câncer descoberto no ano de 1985, foi obrigado a fazer cirurgia que lhe impôs uma colostomia total (leia-se: necessidade de eliminar as fezes através de bolsas), razão pela qual passou a necessitar fazer uso de dispositivo especial (bolsas para colostomia);
3)    Argumenta que as bolsas oferecidas no mercado nacional não lhe servem, haja vista serem compostas de produtos de péssima qualidade, o que lhe gera graves transtornos, por exemplo, restos de sujeira no corpo;
4)    Com efeito, afirma que sempre comprou as bolsas direto dos Estados Unidos, da fabricante “x”, por ter sido esta a bolsa que melhor se adaptou às características do seu ostoma e de sua pele. Além de terem maior durabilidade, não lhe causam ferimento na pele nem derramamento de fezes no corpo;
5)     Informa que desde o ano de 1985 vem importando as bolsas normalmente, independentemente do pagamento de qualquer imposto.
6)    Sucede que, de uns 6 meses para cá, alega que a Receita Federal vem lhe causando inúmeros constrangimentos, tais como, retenção das bolsas e cobrança do imposto de importação.
7)    Em síntese, afirma que nos últimos 6 meses somente conseguiu liberar as bolsas mediante o pagamento do imposto de importação.
8)    Sendo assim, defende que a tributação afigura-se absurda uma vez que as bolsas, a bem da verdade, correspondem a verdadeiro remédio/medicamento, de sorte que não podem ser tributadas segundo a legislação de regência, que para tais casos assegura isenção.
9)    Pede, por conseguinte: (a) tutela antecipada coma finalidade de liberar, doravante, todas as bolsas que vierem a ser importadas pelo autor da demanda, (b) a anulação da autuação fiscal levada a efeito através da Nota de Tributação Simplificada (NTS) no montante de R$ 1200,00, (c) a diferença que teve que gastar, em certa ocasião, pelo fato de ter sido obrigado a adquirir as bolsas importadas através de fornecedor nacional, pelo dobro do preço, (d) o reconhecimento da isenção do imposto de importação para o tipo de medicamento que necessita importar (bolsas de colostomia), (e) indenização por dano moral e (f) na pior das hipóteses, que, ao invés da alíquota de 60%, seja aplicada a alíquota de 6%, haja vista que, a teor da Tarifa Externa Comum da Receita Federal do Brasil, a posição da NCM das bolsas de colostomia é a posição 30.06 (leia-se: capítulo 30 - produto farmacêutico).

O Juiz singular, sem a oitiva da parte ré, deferiu o pedido de tutela antecipada para suspender, imediatamente, a exigibilidade do imposto de importação ao autor (para que possa importar as bolsas para colostomia necessárias para seu tratamento de saúde sem tal cobrança), durante o trâmite do processo, bem como para determinar a liberação das bolsas para colostomia importadas pelo autor e retidas pelo órgão de fiscalização da União, sob os seguintes fundamentos:

A saúde é direito indisponível de toda a coletividade, constituindo dever do Estado adotar todas as medidas possíveis para assegurar esse direito (arts. 196 e 197 da Constituição).

Os documentos anexados aos autos demonstram que, em razão de doença grave, o autor sofreu amputação de parte do intestino e necessita utilizar, diariamente, bolsas para colostomia. Como o produto nacional não funcionou adequadamente em seu corpo, viu-se condicionado a importar produto fabricado no exterior para poder manter-se dignamente, sem sangramentos nem vazamentos de excremento.

A situação obriga a antecipação dos efeitos da tutela, uma vez que o indeferimento da ordem causará danos de difícil reparação ao autor, inerentes à dignidade da pessoa humana, além de ofender os dispositivos constitucionais que erigem a saúde como direito indisponível e dever do Estado.

Em contrapartida, o deferimento da ordem não causará nenhum tipo de lesão ao erário, uma vez que a lei processual civil disponibiliza meios eficazes de cobrança de tributos pela Fazenda Pública, os quais poderão ser adotados posteriormente, se a sentença vier a concluir pela improcedência do pedido.

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região, em caso similar, afastou a cobrança do imposto de importação para a aquisição de medicamento por pessoa portadora de doença grave, por não estar o produto disponível à população pela rede pública.

Diante da situação hipotética acima narrada, elabore a peça processual cabível, partindo da premissa que apenas as bolsas para hemodiálise são classificadas, segundo a NCM, como medicamentos. 

 

Discursivas - Rodada 01.2012 - Questão 2

Natureza, finalidade e limites do poder regulamentar. (20 linhas)

Discursivas - Rodada 01.2012 - Questão 2

Lógica formal, argumentação e decisão judicial: o julgador entre o evidente, o convincente e o justo. Elaborar uma brevíssima síntese sobre a formação do juízo decisório. (20 linhas)

Discursivas - Rodada 01.2012 - Questão 2

O art. 2º da Lei 8.176/91 traz a seguinte figura típica: "Constitui crime contra o patrimônio, na modalidade de usurpação, produzir bens ou explorar matéria-prima pertencentes à União, sem autorização legal ou em desacordo com as obrigações impostas pelo título autorizativo."

Por outro lado, art. 55 da Lei 9.605/98, que trata dos crimes ambientais, descreve o seguinte delito: "Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a competente autorização, permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida."

Pergunta-se: no caso de suposta adequação típica simultânea, com a configuração ao menos formal dos dois tipos penais, mediante a prática de uma só conduta, é possível falar em concurso aparente de normas? E em concurso formal? Explique de forma fundamentada, em 20 linhas, no máximo.

Discursivas - Rodada 01.2012 - Questão 4

O art. 399, § 2°, do Código de Processo Penal, com redação dada pela Lei n°. 11.719/2008, estatui o denominado princípio da identidade física do juiz, que anteriormente só tinha guarida no Processo Civil. Assim prevê o Código de Processo Penal:

"Art. 399.  Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente. 
§ 2o  O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença".

Considerando que o Código de Processo Penal não faz qualquer tipo de ressalva sobre a inaplicabilidade do princípio e diante da necessidade de julgamento pelo juiz natural do processo, é possível afirmar que a identidade física do juiz, no Processo Penal, é absoluta? Explique, em 20 linhas, no máximo.

Discursivas - Rodada 01.2012

Natureza, finalidade e limites do poder regulamentar. (20 linhas)

 

Lógica formal, argumentação e decisão judicial: o julgador entre o evidente, o convincente e o justo. Elaborar uma brevíssima síntese sobre a formação do juízo decisório. (20 linhas)

 

O art. 2º da Lei 8.176/91 traz a seguinte figura típica: "Constitui crime contra o patrimônio, na modalidade de usurpação, produzir bens ou explorar matéria-prima pertencentes à União, sem autorização legal ou em desacordo com as obrigações impostas pelo título autorizativo."

Por outro lado, art. 55 da Lei 9.605/98, que trata dos crimes ambientais, descreve o seguinte delito: "Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a competente autorização, permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida."

Pergunta-se: no caso de suposta adequação típica simultânea, com a configuração ao menos formal dos dois tipos penais, mediante a prática de uma só conduta, é possível falar em concurso aparente de normas? E em concurso formal? Explique de forma fundamentada, em 20 linhas, no máximo.

 

O art. 399, § 2°, do Código de Processo Penal, com redação dada pela Lei n°. 11.719/2008, estatui o denominado princípio da identidade física do juiz, que anteriormente só tinha guarida no Processo Civil. Assim prevê o Código de Processo Penal:

"Art. 399.  Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente. 
§ 2o  O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença".

Considerando que o Código de Processo Penal não faz qualquer tipo de ressalva sobre a inaplicabilidade do princípio e diante da necessidade de julgamento pelo juiz natural do processo, é possível afirmar que a identidade física do juiz, no Processo Penal, é absoluta? Explique, em 20 linhas, no máximo.

 

Ministério Público Estadual - Rodada 01.2012

O município de Congonhas/MG ajuizou demanda de desapropriação por utilidade púbica de imóvel pertencente a THIAGO GOMES, com o desiderato de ali construir conjunto habitacional destinado a receber os moradores da cidade que tiveram suas residência atingidas pelas chuvas torrenciais da região. Instruiu a petição inicial com a documentação necessária, como o decreto municipal reconhecendo o bem de utilidade pública, certidão do RGI com a descrição completa do imóvel e o projeto a ser implementado na área. Pleiteou a imissão provisória na posse do imóvel, depositando o valor constante do cadastro do IPTU do imóvel.
O juiz, postergou a apreciação do pedido liminar para após a manifestação do réu, externando, em juízo perfunctório, possível violação ao contraditório, vez que os diplomas que regem a desapropriação são todos antecedentes à Constituição.
Citado, o demandado quedou-se inerte.
Dentro do prazo da defesa do réu, veio aos autos a pessoa jurídica M3 empreendimentos, dizendo-se compromissária compradora do bem, juntando compromisso de compra e venda lavrado em cartório, mas despido de registro, pleiteando seu ingresso na lide na condição de assistente litisconsorcial. Suscita a incompatibilidade do art. 15, §1º, do DL 3365/41 com a Constituição vez que seu art. 5º, XXIV, preconiza a “justa e prévia indenização”. Alega que nos termos do DL 1075/70, norma posterior, e, portanto, revogadora da norma anterior, exige a avaliação prévia à imissão provisória na posse. Aduz que a situação de fato não se subsume às hipóteses de utilidade pública.
Aberta vista ao município, em réplica, aduziu este a inadmissibilidade do ingresso do ente moral como assistente, por não estar seu compromisso registrado em cartório. Pugnou, ante a ausência de contestação, pela aplicação dos efeitos da revelia.
Vieram os autos para manifestação ministerial. Elabore a manifestação cabível, sem necessidade de ater-se à forma de petição.

 

Discursivas - Rodada 52.1.2011 - Questão 1

O delito de estupro consiste em modalidade especial de constrangimento ilegal, sendo prevista a possibilidade de o delito ser praticado por mulher contra homem. Nos casos em que o crime de estupro não seja presenciado por nenhuma testemunha nem documentado por outro meio, pode o julgador considerar a chamada síndrome da mulher de Potifar para apurar a veracidade dos fatos relatados pela vítima mulher. (Questão adaptada - Juiz Substituto da Paraíba - 2011 - Cespe UNB).

Discursivas - Rodada 52.1.2011 - Questão 2

No âmbito do Direito Penal, diferencie cifra negra e cifra dourada.

Discursivas - Rodada 52.1.2011 - Questão 3

Experto Ltda. ajuizou mandado de segurança apontando como autoridade coatora o Delegado da Receita Federal da localidade onde é a sua sede. Alega que é contribuinte de vários tributos, os quais são lançados por homologação (PIS, COFINS etc). Ocorre que, conforme pondera, a orientação notória da Receita Federal é no sentido de que a LC 118/05 (art. 3º) é interpretativa, de tal maneira que teria retroavidade. Assim, ajuizou MS, a fim de que o juiz reconhecesse o seu direito à repetição dos tributos sujeitos a lançamento por homologação nos anos de 2000 a 2004, tendo em vista a tese dos “cinco + cinco”. O MS foi ajuizando em 01/01/2010. Junto com a inicial, provou que realmente recolhe atualmente vários tributos federais sujeitos a lançamento por homologação, mas não comprovou nenhum recolhimento naquele período 2001 a 2005. Analise os aspectos processuais e tributários do caso. Resposta em 15 linhas.

Discursivas - Rodada 52.1.2011 - Questão 4

Vicentão, servidor público federal aposentado, falecera em 2005. Como mantinha uma união estável com Aramanta, esta passou a receber pensão por morte administrativamente a partir do óbito daquele. Ocorre que Aramanta também veio a óbito em 2008. Diante da morte da Aramanta, Juvilina (10 anos de idade e devidamente representada por sua genitora), bisneta de Vicentão, ajuizou ação (em 31/03/2011) requerendo pensão por morte de Aramanta, sob a alegação de que era dependente econômica desta. Na petição inicial foi narrado e na instrução restou provado o seguinte: a) Juvilina não tinha qualquer vínculo de parentesco com Aramanta; b) Juvilina era bisneta de Vicentão; c) Juvilina, desde 01 ano de idade morava na casa do bisavô, porque sua mãe constituíra outra família e foi morar em outra cidade; d) o bisavô, juntamente com a companheira, era quem decidia como seria a rotina de Juvilina, o colégia que estudava, além de ser a pessoa que sustentava materialmente Juvilina; e) após o óbito do bisavô, Juvilina continuou morando e sendo educada por Aramanta. Diante de tal panorama, o pedido deve ser julgado procedente ou improcedente? Quais os fundamentos? Resposta em 20 linhas.

Discursivas - Rodada 52.1.2011

O delito de estupro consiste em modalidade especial de constrangimento ilegal, sendo prevista a possibilidade de o delito ser praticado por mulher contra homem. Nos casos em que o crime de estupro não seja presenciado por nenhuma testemunha nem documentado por outro meio, pode o julgador considerar a chamada síndrome da mulher de Potifar para apurar a veracidade dos fatos relatados pela vítima mulher. (Questão adaptada - Juiz Substituto da Paraíba - 2011 - Cespe UNB).

 

No âmbito do Direito Penal, diferencie cifra negra e cifra dourada.

 

Experto Ltda. ajuizou mandado de segurança apontando como autoridade coatora o Delegado da Receita Federal da localidade onde é a sua sede. Alega que é contribuinte de vários tributos, os quais são lançados por homologação (PIS, COFINS etc). Ocorre que, conforme pondera, a orientação notória da Receita Federal é no sentido de que a LC 118/05 (art. 3º) é interpretativa, de tal maneira que teria retroavidade. Assim, ajuizou MS, a fim de que o juiz reconhecesse o seu direito à repetição dos tributos sujeitos a lançamento por homologação nos anos de 2000 a 2004, tendo em vista a tese dos “cinco + cinco”. O MS foi ajuizando em 01/01/2010. Junto com a inicial, provou que realmente recolhe atualmente vários tributos federais sujeitos a lançamento por homologação, mas não comprovou nenhum recolhimento naquele período 2001 a 2005. Analise os aspectos processuais e tributários do caso. Resposta em 15 linhas.

 

Vicentão, servidor público federal aposentado, falecera em 2005. Como mantinha uma união estável com Aramanta, esta passou a receber pensão por morte administrativamente a partir do óbito daquele. Ocorre que Aramanta também veio a óbito em 2008. Diante da morte da Aramanta, Juvilina (10 anos de idade e devidamente representada por sua genitora), bisneta de Vicentão, ajuizou ação (em 31/03/2011) requerendo pensão por morte de Aramanta, sob a alegação de que era dependente econômica desta. Na petição inicial foi narrado e na instrução restou provado o seguinte: a) Juvilina não tinha qualquer vínculo de parentesco com Aramanta; b) Juvilina era bisneta de Vicentão; c) Juvilina, desde 01 ano de idade morava na casa do bisavô, porque sua mãe constituíra outra família e foi morar em outra cidade; d) o bisavô, juntamente com a companheira, era quem decidia como seria a rotina de Juvilina, o colégia que estudava, além de ser a pessoa que sustentava materialmente Juvilina; e) após o óbito do bisavô, Juvilina continuou morando e sendo educada por Aramanta. Diante de tal panorama, o pedido deve ser julgado procedente ou improcedente? Quais os fundamentos? Resposta em 20 linhas.

 

Ministério Público Estadual - Rodada 52.2011

O município de Fortaleza/CE promoveu concurso para o preenchimento de 15 vagas de assistente administrativo nos quadros da prefeitura, edital publicado no dia 05 de agosto de 2011, com provas previstas para o dia 27 de dezembro de 2011. ALFREDO, funcionário comissionado de empresa pública federal contratada para a realização do certame, recebeu de SANDRO a quantia de sete mil reais para permitir que tivesse acesso ao gabarito do certame. No dia 26 de dezembro, ALFREDO enviou a SANDRO um e-mail contendo o gabarito da prova.

Dias após a realização da prova, o pai de SANDRO, que compartilhava com ele o mesmo computador, ao tentar acessar sua caixa de mensagens de correio eletrônico, acabou por acessar, acidentalmente, a de seu filho, encontrando o e-mail remetido por ALFREDO. Honesto e de caráter rígido, indignou-se com o ocorrido, imprimindo o e-mail entregando-o no protocolo da promotoria de justiça da capital cearense anexo a representação por ele subscrita. Importante salientar que após a repercussão do fato na mídia, a entidade contratada decidiu nulificar a prova, fixando nova data para aplicação de novo exame.

Deverá o candidato: a) identificar, de forma justificada, a tipificação da(s) conduta(s); b) apontar se a competência para julgamento do ilícito se da justiça estadual ou federal; c) examinar a validade do e-mail entregue à promotoria como prova na ação penal.

 

PGE/PGM - Rodada 52.2011

Marciano é servidor público titular do cargo de Técnico Judiciário, lotado e em exercício no Tribunal Regional Eleitoral de um Estado da Federação desde abril de 1994. No mês de setembro de 2003, após aprovação em concurso público, Marciano assumiu o cargo de Professor Adjunto da área de Direito Privado de uma Universidade Federal e, em meados do ano de 2007, também mediante aprovação no respectivo certame, foi investido no cargo de Professor Adjunto da disciplina de Economia Política da Universidade Estadual daquele mesmo Estado, mantendo, atualmente, os três vínculos jurídico-estatutários com a Administração Pública.

Considerando a situação hipotética acima, discorra, de maneira fundamentada, sobre a legitimidade da acumulação de cargos públicos por Marciano. Supondo ilícita tal acumulação, analise a necessidade de devolução dos valores remuneratórios percebidos, inclusive sobre eventual exigência de comprovação de má-fé do servidor público.

 

Sentença Federal - Rodada 52.1.2011

Maria Gastadeira, empresária paulistana, no dia 05 de agosto de 2011, no retorno viagem de compras em Miami/EUA, declarou e assinou no formulário a ser entregue à Receita Federal que não havia mercadorias a serem declaradas, não obstante trazer 5 (cinco) notebooks no valor total de R$ 10.000 (dez mil reais), valor muito superior à cota de isenção R$ 500,00. Houve perdimento administrativo dos bens apreendidos.

Quando passava pelo posto da Receita Federal, foi selecionada pela fiscalização, oportunidade em que agentes do fisco descobriram os notebooks na bagagem de Maria Gastadeira. Confrontando a mercadoria com a declaração, os servidores públicos lavraram termo de apreensão das mercadorias e lavraram multa. Maria Gastadeira não foi encaminhada para a Delegacia da Polícia Federal. Posteriormente foi instaurado inquérito policial. A partir do termo de apreensão de guarda fiscal, perito da Polícia Federal lavrou laudo merceológico indireto. 

O representante do Ministério Público Federal ofereceu denúncia em desfavor de Maria Gastadeira pelos crimes de descaminho e falsidade ideológica, por haver inserido em documento público declaração diversa da que deveria constar.

A denúncia foi recebida, designada audiência de instrução e julgamento. Não foram ouvidas testemunhas. Em interrogatório disse a ré que assinou a declaração de que não tinha bens a declarar, mesmo sabendo que “estava acima da cota permitida”, mas que se fosse parada na fiscalização da Receita Federal tinha intenção de pagar os tributos devidos. Que não pagou os tributos devidos em razão da multa arbitrada pela Receita Federal que deixou o valor dos computadores inviável economicamente para revenda.

Não houve diligências complementares.

O representante do Ministério Público Federal pediu condenação nos termos da denúncia.

A defesa alegou as seguintes teses: como a Receita Federal apreendeu as mercadorias logo na entrada do país, antes de passar pela primeira barreira de fiscalização alfandegária, não há que se falar em descaminho ou mesmo falsidade ideológica; não tem valor o laudo de exame merceológico porque feito na forma indireta, vale dizer, os peritos sequer tiveram contato com as mercadorias; não houve perícia no formulário entregue a Receita Federal, logo não há materialidade do crime de falsidade ideológica; o valor dos bens não ultrapassa o mínimo exigível para a Fazenda Pública ajuizar execução fiscal, o torna o crime de descaminho atípico.

Lavre a sentença. Dispensado relatório.



 

Objetivas - Rodada 52.2011

(Emagis) No que se refere às garantias e às restrições impostas aos membros da magistratura, considere as seguintes assertivas:
I) Os magistrados gozam da garantia da vitaliciedade, que lhes garante o direito de permanecer no cargo até seu falecimento;
II) Pela garantia da inamovibilidade, não pode o juiz ser removido contra a sua vontade, salvo na hipótese de interesse público e desde que a decisão nesse sentido seja por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça;
III) Aos juízes é vedado exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério, bem como  receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo e, ainda, dedicar-se à atividade político-partidária.
IV) O magistrado aposentado é livre para dedicar-se à advocacia perante o tribunal no qual exercia a jurisdição, independentemente do decurso de qualquer prazo.
Assinale a opção verdadeira:

 

(Emagis) No que se refere ao controle de constitucionalidade das leis municipais, assinale a alternativa que contem a afirmação correta:

 

(Emagis) Relativamente aos princípios do Direito Administrativo, assinale a alternativa incorreta:

 

(Emagis) Julgue os itens a seguir, pertinentes ao instituto da prescrição no âmbito do Direito Administrativo. Depois, assinale a alternativa correta.
I - O direito de ação contra atos relativos a concursos para provimento de cargos e empregos na Administração Federal Direta e nas Autarquias Federais prescreve em 1 (um) ano, a contar da data em que for publicada a homologação do resultado final.
II – Segundo tem entendido o Superior Tribunal de Justiça, é de 3 (três) anos a prescrição quanto às ações fundadas na responsabilidade civil do Estado.
III - Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado.
Estão corretos os itens:

 

(Emagis) Sobre as ações por improbidade administrativa, avalie as proposições apresentadas e marque a alternativa adequada.
I - O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade.
II - A ação será instruída com documentos ou justificação que contenham indícios suficientes da existência do ato de improbidade ou com razões fundamentadas da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas.
III -  Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de quinze dias. Segundo o Superior Tribunal de Justiça, a falta dessa notificação somente enseja nulidade se comprovado o prejuízo ao acusado.
Há erro:

 

(Juiz Federal TRF1 - 2009) O zoneamento ambiental:

 

(Emagis) Quanto às certidões de regularidade fiscal, julgue os itens abaixo e sinalize a alternativa correspondente.
I – O pleito do contribuinte dirigido à extração de uma certidão negativa de débitos (CND) deve ser examinado em até 15 (quinze) dias da data da entrada do requerimento na repartição.
II - O contribuinte pode, após o vencimento da sua obrigação e antes da execução, a fim de obter certidão positiva com efeito de negativa, garantir o juízo de forma antecipada, inclusive mediante fiança bancária.
III – Segundo recente precedente do Superior Tribunal de Justiça, existindo crédito tributário contra um de seus estabelecimentos filiais, a matriz dessa pessoa jurídica, só por conta disso, não tem direito à expedição de certidão negativa de débitos (CND).
Estão corretos os itens:

 

(Emagis) No que diz respeito ao imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS), pode-se dizer que:

 

(Emagis) Em relação à repartição das receitas tributárias, assinale a alternativa que contém erro.

 

(Emagis) Sobre o Regime Geral de Previdência Social (Lei 8.213/91), é incorreto afirmar que:

 

(Defensor Púbico - MA/2011). Marta ajuizou ação, pelo procedimento sumário, pedindo indenização no valor de R$ 60 mil por danos materiais que teria suportado após ter sido atropelada por um motorista de veículo de passeio que realizara manobra abrupta. A autora requereu perícia e oitiva de testemunhas. Nessa situação hipotética, de acordo com o direito processual penal,

 

(Emagis) Sobre o acesso ao STJ quando na origem se discuta processo afeto ao Juizado Especial Estadual, marque a alternativa correta, de acordo com jurisprudência dos Tribunais Superires:

 

(Emagis) Em relação ao Código Civil e à sua leitura jurisprudencial, têm-se os itens abaixo que, uma vez julgados, apontam para uma das alternativas formuladas.
I – Prescreve em quatro anos a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas.
II – É de três anos o prazo prescricional relativo à pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa.
III – Prescreve em cinco anos a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.
IV – Em três anos prescreve a cobrança do valor mensal (quota condominial) devido por condômino em prédio residencial.

 

(Emagis) A respeito do Direito do Consumidor, analise as proposições a seguir e aponte a alternativa correta.
I – O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras.
II – À luz da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o contrato de franquia não está sujeito ao âmbito de incidência do Código de Defesa do Consumidor.
III – Segundo precedentes do Superior Tribunal de Justiça, o Código de Defesa do Consumidor é aplicável no que se refere à multa pelo atraso no pagamento de quotas condominiais.
Estão corretos os itens:

 

(Emagis) No que toca ao capital social das sociedades anônimas, analise as seguintes proposições:
I) O capital social da sociedade anônima deve ser fixado no estatuto da companhia, sendo expresso em moeda nacional.
II) O capital social da sociedade anônima deve ser formado exclusivamente através de contribuições em dinheiro ou em ou em qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro.
III) Na falta de declaração expressa em contrário, os bens destinados à formação do capital da sociedade anônima transferem-se à companhia a título de propriedade.
IV) A responsabilidade civil dos subscritores ou acionistas que contribuírem com bens para a formação do capital social será idêntica à do vendedor.
Assinale a opção adequada:

 

(Emagis) Relativamente à execução da pena, julgue os itens abaixo e assinale a alternativa correta.
I - Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em processos distintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou unificação das penas, observada, quando for o caso, a detração ou remição. Sobrevindo condenação no curso da execução, somar-se-á a pena ao restante da que está sendo cumprida, para determinação do regime.
II – A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça admite a regressão cautelar do regime prisional promovida pelo Juízo da Execução, inclusive sem que haja a oitiva prévia do condenado.
III – A legislação local pode estabelecer normas complementares para o cumprimento da pena privativa de liberdade em regime aberto.
Estão corretos os itens:

 

(Emagis) Em relação à dosimetria da pena, marque a alternativa incorreta, à luz da jurisprudência majoritária dos Tribunais Superiores:

 

(Emagis) Encontre a proposição equivocada, relativamente ao crime de estelionato (CP, art. 171):

 

(Emagis) Sobre as nulidades no processo penal, julgue os itens abaixo e indique a alternativa correspondente.
I – Segundo jurisprudência pacífica do Supremo Tribunal Federal, padece de nulidade relativa o processo penal em que, devidamente intimado, o advogado constituído do réu deixa de apresentar alegações finais, sem que o juízo, antes de proferir sentença condenatória, lhe haja designado defensor dativo ou público para suprir a falta.
II – Na esteira da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, eventual nulidade pela inobservância da regra de prevenção não é absoluta, mas relativa, cujo reconhecimento está condicionado à alegação no momento processual oportuno juntamente com a efetiva demonstração do eventual prejuízo concreto suportado pela parte, sob pena de operar-se a preclusão.
III – Mesmo que o roubo tenha se consumado em localidade sujeita à circunscrição de outro Juízo, o oferecimento da denúncia perante órgão jurisdicional com competência territorial diversa, bem como a ulterior condenação do réu, não são motivos para a anulação da ação penal, quando a defesa não suscitou a questão no momento oportuno, aviando a exceção respectiva.
Há erro:

 

(Emagis) No que diz respeito à extradição, apresentam-se as formulações abaixo para serem julgadas e, na sequência, oportunizarem a marcação da alternativa apropriada.
I – De acordo com o requisito da dupla tipicidade, o fato que motivar o pedido extradicional deve ser considerado crime tanto no Brasil como no Estado requerente; caso contrário, deverá ser indeferido.
II – Será indeferido pedido de extradição no qual a lei brasileira impuser ao crime a pena de prisão igual ou inferior a 1 (um) ano.
III - O Supremo Tribunal Federal poderá deixar de considerar crimes políticos os atentados contra Chefes de Estado ou quaisquer autoridades, bem assim os atos de anarquismo, terrorismo, sabotagem, seqüestro de pessoa, ou que importem propaganda de guerra ou de processos violentos para subverter a ordem política ou social.
IV – Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, uma vez constatado o entrelaçamento de crimes de natureza política e comum, impõe indeferir a extradição.

 

Discursivas - Rodada 52.2011 - Questão 1

O delito de estupro consiste em modalidade especial de constrangimento ilegal, sendo prevista a possibilidade de o delito ser praticado por mulher contra homem. Nos casos em que o crime de estupro não seja presenciado por nenhuma testemunha nem documentado por outro meio, pode o julgador considerar a chamada síndrome da mulher de Potifar para apurar a veracidade dos fatos relatados pela vítima mulher. (Questão adaptada - Juiz Substituto da Paraíba - 2011 - Cespe UNB).

Discursivas - Rodada 52.2011 - Questão 2

No âmbito do Direito Penal, diferencie cifra negra e cifra dourada.

Discursivas - Rodada 52.2011 - Questão 3

Experto Ltda. ajuizou mandado de segurança apontando como autoridade coatora o Delegado da Receita Federal da localidade onde é a sua sede. Alega que é contribuinte de vários tributos, os quais são lançados por homologação (PIS, COFINS etc). Ocorre que, conforme pondera, a orientação notória da Receita Federal é no sentido de que a LC 118/05 (art. 3º) é interpretativa, de tal maneira que teria retroavidade. Assim, ajuizou MS, a fim de que o juiz reconhecesse o seu direito à repetição dos tributos sujeitos a lançamento por homologação nos anos de 2000 a 2004, tendo em vista a tese dos “cinco + cinco”. O MS foi ajuizando em 01/01/2010. Junto com a inicial, provou que realmente recolhe atualmente vários tributos federais sujeitos a lançamento por homologação, mas não comprovou nenhum recolhimento naquele período 2001 a 2005. Analise os aspectos processuais e tributários do caso. Resposta em 15 linhas.

Discursivas - Rodada 52.2011 - Questão 4

Vicentão, servidor público federal aposentado, falecera em 2005. Como mantinha uma união estável com Aramanta, esta passou a receber pensão por morte administrativamente a partir do óbito daquele. Ocorre que Aramanta também veio a óbito em 2008. Diante da morte da Aramanta, Juvilina (10 anos de idade e devidamente representada por sua genitora), bisneta de Vicentão, ajuizou ação (em 31/03/2011) requerendo pensão por morte de Aramanta, sob a alegação de que era dependente econômica desta. Na petição inicial foi narrado e na instrução restou provado o seguinte: a) Juvilina não tinha qualquer vínculo de parentesco com Aramanta; b) Juvilina era bisneta de Vicentão; c) Juvilina, desde 01 ano de idade morava na casa do bisavô, porque sua mãe constituíra outra família e foi morar em outra cidade; d) o bisavô, juntamente com a companheira, era quem decidia como seria a rotina de Juvilina, o colégia que estudava, além de ser a pessoa que sustentava materialmente Juvilina; e) após o óbito do bisavô, Juvilina continuou morando e sendo educada por Aramanta. Diante de tal panorama, o pedido deve ser julgado procedente ou improcedente? Quais os fundamentos? Resposta em 20 linhas.

Discursivas - Rodada 52.2011

O delito de estupro consiste em modalidade especial de constrangimento ilegal, sendo prevista a possibilidade de o delito ser praticado por mulher contra homem. Nos casos em que o crime de estupro não seja presenciado por nenhuma testemunha nem documentado por outro meio, pode o julgador considerar a chamada síndrome da mulher de Potifar para apurar a veracidade dos fatos relatados pela vítima mulher. (Questão adaptada - Juiz Substituto da Paraíba - 2011 - Cespe UNB).

 

No âmbito do Direito Penal, diferencie cifra negra e cifra dourada.

 

Experto Ltda. ajuizou mandado de segurança apontando como autoridade coatora o Delegado da Receita Federal da localidade onde é a sua sede. Alega que é contribuinte de vários tributos, os quais são lançados por homologação (PIS, COFINS etc). Ocorre que, conforme pondera, a orientação notória da Receita Federal é no sentido de que a LC 118/05 (art. 3º) é interpretativa, de tal maneira que teria retroavidade. Assim, ajuizou MS, a fim de que o juiz reconhecesse o seu direito à repetição dos tributos sujeitos a lançamento por homologação nos anos de 2000 a 2004, tendo em vista a tese dos “cinco + cinco”. O MS foi ajuizando em 01/01/2010. Junto com a inicial, provou que realmente recolhe atualmente vários tributos federais sujeitos a lançamento por homologação, mas não comprovou nenhum recolhimento naquele período 2001 a 2005. Analise os aspectos processuais e tributários do caso. Resposta em 15 linhas.

 

Vicentão, servidor público federal aposentado, falecera em 2005. Como mantinha uma união estável com Aramanta, esta passou a receber pensão por morte administrativamente a partir do óbito daquele. Ocorre que Aramanta também veio a óbito em 2008. Diante da morte da Aramanta, Juvilina (10 anos de idade e devidamente representada por sua genitora), bisneta de Vicentão, ajuizou ação (em 31/03/2011) requerendo pensão por morte de Aramanta, sob a alegação de que era dependente econômica desta. Na petição inicial foi narrado e na instrução restou provado o seguinte: a) Juvilina não tinha qualquer vínculo de parentesco com Aramanta; b) Juvilina era bisneta de Vicentão; c) Juvilina, desde 01 ano de idade morava na casa do bisavô, porque sua mãe constituíra outra família e foi morar em outra cidade; d) o bisavô, juntamente com a companheira, era quem decidia como seria a rotina de Juvilina, o colégia que estudava, além de ser a pessoa que sustentava materialmente Juvilina; e) após o óbito do bisavô, Juvilina continuou morando e sendo educada por Aramanta. Diante de tal panorama, o pedido deve ser julgado procedente ou improcedente? Quais os fundamentos? Resposta em 20 linhas.

 

Sentença Federal - Rodada 52.2011

Maria Gastadeira, empresária paulistana, no dia 05 de agosto de 2011, no retorno viagem de compras em Miami/EUA, declarou e assinou no formulário a ser entregue à Receita Federal que não havia mercadorias a serem declaradas, não obstante trazer 5 (cinco) notebooks no valor total de R$ 10.000 (dez mil reais), valor muito superior à cota de isenção R$ 500,00. Houve perdimento administrativo dos bens apreendidos.

Quando passava pelo posto da Receita Federal, foi selecionada pela fiscalização, oportunidade em que agentes do fisco descobriram os notebooks na bagagem de Maria Gastadeira. Confrontando a mercadoria com a declaração, os servidores públicos lavraram termo de apreensão das mercadorias e lavraram multa. Maria Gastadeira não foi encaminhada para a Delegacia da Polícia Federal. Posteriormente foi instaurado inquérito policial. A partir do termo de apreensão de guarda fiscal, perito da Polícia Federal lavrou laudo merceológico indireto. 

O representante do Ministério Público Federal ofereceu denúncia em desfavor de Maria Gastadeira pelos crimes de descaminho e falsidade ideológica, por haver inserido em documento público declaração diversa da que deveria constar.

A denúncia foi recebida, designada audiência de instrução e julgamento. Não foram ouvidas testemunhas. Em interrogatório disse a ré que assinou a declaração de que não tinha bens a declarar, mesmo sabendo que “estava acima da cota permitida”, mas que se fosse parada na fiscalização da Receita Federal tinha intenção de pagar os tributos devidos. Que não pagou os tributos devidos em razão da multa arbitrada pela Receita Federal que deixou o valor dos computadores inviável economicamente para revenda.

Não houve diligências complementares.

O representante do Ministério Público Federal pediu condenação nos termos da denúncia.

A defesa alegou as seguintes teses: como a Receita Federal apreendeu as mercadorias logo na entrada do país, antes de passar pela primeira barreira de fiscalização alfandegária, não há que se falar em descaminho ou mesmo falsidade ideológica; não tem valor o laudo de exame merceológico porque feito na forma indireta, vale dizer, os peritos sequer tiveram contato com as mercadorias; não houve perícia no formulário entregue a Receita Federal, logo não há materialidade do crime de falsidade ideológica; o valor dos bens não ultrapassa o mínimo exigível para a Fazenda Pública ajuizar execução fiscal, o torna o crime de descaminho atípico.

Lavre a sentença. Dispensado relatório.

 

Objetivas - Rodada 51.2011

(Emagis) Aquilate cada uma das proposições abaixo, em consonância com a mais recente jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. No seguimento, marque a alternativa correta.
I – É possível a criação, através de emenda à Constituição Estadual, de carreiras especiais para representação judicial da assembléia legislativa e do tribunal de conta respectivos nos casos em que estes necessitassem praticar, em juízo e em nome próprio, atos processuais na defesa de sua autonomia e independência em face dos demais Poderes, sendo cabível, outrossim, que essas procuradorias sejam responsáveis pela consultoria e pelo assessoramento jurídico dos órgãos da assembléia e do tribunal de contas.
II – É constitucional a previsão, inscrita na Constituição do Estado, segundo a qual uma parcela mínima dos Procuradores de um órgão público daquela entidade federativa seja recrutada dentre advogados do serviço público, concursados na forma da lei.
III - A definição das condutas típicas configuradoras do crime de responsabilidade e o estabelecimento de regras que disciplinem o processo e julgamento das agentes políticos federais, estaduais ou municipais envolvidos são da competência legislativa privativa da União e devem ser tratados em lei nacional especial.
Estão corretos os itens:

 

(Emagis)  O Plano Nacional de Cultura, a ser estabelecido por lei, de duração plurianual, visa ao desenvolvimento cultural do País e à integração das ações do poder público que conduzam aos seguintes resultado, com EXCEÇÃO de:

 

(Emagis) Com base no Decreto-Lei 3.365/41 e na sua leitura jurisprudencial, é incorreto afirmar que:

 

(Emagis) A respeito do Estatuto dos Servidores Públicos Federais (Lei 8.112/90), devem ser analisados os itens abaixo a fim de permitir a marcação da alternativa apropriada.
I - Quatro meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão constituída para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração de sua assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e responsabilidade.
II – O Superior Tribunal de Justiça firmou orientação no sentido de que, após a Emenda Constitucional 19/98, o prazo do estágio probatório passou a ser de 3 anos, acompanhando a alteração para aquisição da estabilidade, não obstante se tratar de institutos distintos.
III - A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido da imprescindibilidade da instauração de processo administrativo disciplinar para exoneração de servidor em estágio probatório.
Estão corretos os itens:

 

(Emagis) Os concursos públicos são fonte de constantes questionamentos judiciais. Sobre o tema, julgue os itens abaixo e aponte a alternativa adequada.
I – Segundo precedentes do Supremo Tribunal Federal, não cabe ao Poder Judiciário rever os critérios de correção das provas e as notas a elas atribuídas, a não ser quando seja exigido conhecimento de matéria não prevista no edital.
II – É firme o posicionamento do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que a regular aprovação em concurso público em posição classificatória compatível com as vagas previstas em edital confere ao candidato direito subjetivo a nomeação e posse dentro do período de validade do certame.
III – Consoante firme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, uma vez publicado o edital do concurso com número específico de vagas, o ato da Administração que declara os candidatos aprovados no certame cria um dever de nomeação para a própria Administração e, portanto, um direito à nomeação titularizado pelo candidato aprovado dentro desse número de vagas, embora, dentro do prazo de validade do concurso, a Administração possa escolher o momento no qual se realizará a nomeação.
Há erro:

 

(Emagis) Sobre o meio ambiente cultural, é correto afirmar que fazem parte do patrimônio cultural brasileiro:

 

(Emagis) Sobre o ICMS, à luz da Constituição e da jurisprudência dos Tribunais Superiores, é correto afirmar que:

 

(Emagis) Quanto às execuções fiscais, têm-se os itens abaixo que, uma vez julgados, direcionam para uma das alternativas propostas.
I - Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição quinquenal intercorrente.
II - Não é cabível exceção de pré-executividade em execução fiscal ajuizada contra sócio que figura como responsável na Certidão de Dívida Ativa - CDA, pois a demonstração de inexistência de responsabilidade do sócio demanda a produção de provas, tendo em vista a presunção de legitimidade da CDA.
III – Inclui-se no conceito de dívida ativa não tributária, hábil a ensejar a execução fiscal, o valor supostamente devido à Fazenda Pública em decorrência de fraude na concessão de benefício previdenciário.

 

(Emagis) Sobre os beneficiários do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), é incorreto afirmar:

 

(Emagis) Com base no Código Civil e na sua compreensão jurisprudencial, julgue os itens a seguir e aponte a alternativa correta.
I - Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato, sendo que, nesse caso, os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.
II – Na resolução contratual por onerosidade excessiva, poderá a parte adversa evitá-la, oferecendo-se a modificar equitativamente as condições do contrato.
III – Segundo precedentes do Superior Tribunal de Justiça, é acionável a teoria da imprevisão em relação a contrato de venda futura de soja a preço certo quando avençado antes da crise de 2002, que, por conta de eventos como a iminência da Guerra do Iraque e as eleições presidenciais, elevou significativamente as cotações do produto.
Estão corretos os itens:

 

(Emagis) Em relação à aplicação do Código de Defesa do Consumidor, analise os itens abaixo e sinalize a alternativa ajustada.
I – São nulas de pleno direito as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que determinem a utilização compulsória de arbitragem.
II – Consoante precedente recente do Superior Tribunal de Justiça, não é possível a cobrança de mensalidade de serviço educacional superior pelo sistema de valor fixo, independentemente do número de disciplinas cursadas, sobretudo nos casos em que o aluno cursa novamente apenas as disciplinas em que foi reprovado.
III – Os "Centros Acadêmicos", nomenclatura utilizada para associações nas quais se congregam estudantes universitários, regularmente constituídos e desde que preenchidos os requisitos legais, possuem legitimidade para ajuizar ação civil pública em defesa dos direitos individuais homogêneos, de índole consumerista, dos estudantes do respectivo curso, frente à instituição de ensino particular, desde que haja autorização, para tanto, dos respectivos estudantes congregados.
Há erro:

 

(Emagis) Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. Sobre estas quotas, considere as seguintes assertivas e, em seguida, marque a opção correspondente:
I - A quota é indivisível em relação à sociedade, salvo para efeito de transferência, já que é possível sua cessão parcial.
II - No caso de condomínio de quota, os direitos a ela inerentes podem ser exercidos concomitantemente por todos os condôminos.
III - Os condôminos de quota indivisa respondem pro rata pelas prestações necessárias à sua integralização.

 

(Emagis) Assinale a alternativa correta, de acordo com a legislação atualmente vigente e a jurisprudência das Cortes Superiores.

 

(Emagis) Sobre os crimes contra o sistema financeiro nacional, têm-se os itens seguintes que, uma vez julgados, apontam para uma das alternativas propostas.
I – Os crimes contra o sistema financeiro nacional são da competência da Justiça Federal, sendo desnecessário verificar, no caso concreto, se há prejuízo a bens, serviços ou interesses da União, suas autarquias ou empresas públicas federais.
II – Não é cabível acordo de não persecução penal em se cuidando de crime de evasão de divisas.
III – Consoante julgados do Superior Tribunal de Justiça, o crime de gestão fraudulenta é considerado crime próprio.

 

(Emagis) Os itens a seguir têm pertinência com o crime de furto. Julgue-os e aponte a alternativa correspondente.
I – No crime de furto, se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
II – A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se o furto mediante fraude é cometido por meio de dispositivo eletrônico ou informático, conectado ou não à rede de computadores, com ou sem a violação de mecanismo de segurança ou a utilização de programa malicioso, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo.
III - De acordo com o STJ, a reiteração criminosa inviabiliza a aplicação do princípio da insignificância, ressalvada a possibilidade de, no caso concreto, a verificação que a medida é socialmente recomendável.
Há erro:

 

(Emagis) Quanto à prova documental no processo penal, avalie as proposições abaixo e indique a alternativa correta.
I - Salvo os casos expressos em lei, as partes poderão apresentar documentos em qualquer fase do processo. Para esse efeito, consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos ou particulares, sendo que à fotografia do documento, devidamente autenticada, se dará o mesmo valor do original.
II - Os documentos em língua estrangeira, sem prejuízo de sua juntada imediata aos autos, serão sempre traduzidos, por tradutor público, ou, na falta deste, por pessoa idônea nomeada pela autoridade judicial.
III – Segundo recente precedente do Superior Tribunal de Justiça, não há nulidade alguma em manter nos autos documentos em língua estrangeira que não foram devidamente traduzidos.
Estão corretos os itens:

 

(Emagis) No que se refere à competência processual penal, analise os itens elencados e marque a alternativa adequada.
I – Compete à Justiça Estadual o processamento e o julgamento de ação penal relativa ao crime de falso testemunho prestado perante juiz de direito, mesmo que o depoimento tenha sido tomado em sede de carta precatória expedida por juiz federal.
II – Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime de tentativa de furto praticado contra agência não franqueada da ECT – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Sendo franqueada, o caso será da alçada da Justiça Estadual.
III - Compete à Justiça Comum Estadual o processamento e julgamento de crime de desacato cometido por militar de folga, durante abordagem policial, contra militares, em local estranho à administração militar.

 

(Juiz Federal - TRF3/2011). Acerca da proibição da pirataria em alto-mar, prevista na Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar, assinale a opção correta.

 

(Juiz Federal - TRF3/2011). De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, a capacidade para suceder é regulada pela lei

 

(Juiz Federal - TRF3/2011). Conforme a jurisprudência do STF, tratados de direitos humanos anteriores à Emenda Constitucional nº 45/2003 possuem, no direito brasileiro, status hierárquico

 

Discursivas - Rodada 51.2011 - Questão 1

Optando um administrado por pleitear, simultaneamente, a mesma pretensão tanto num processo administrativo como num processo judicial, o que ocorrerá segundo o sistema jurídico brasileiro?
Ainda na mesma hipótese, supondo que os 2 processos sigam seu curso normal de instrução e haja o posterior reconhecimento do direito do administrado pelo próprio ente público no processo administrativo, como ficaria a ação judicial já ajuizada e ainda não sentenciada?
Existe alguma contradição?
Responda às 3 perguntas. Máximo de 20 linhas.

Discursivas - Rodada 51.2011 - Questão 2

Recentemente o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) alterou o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária (art. 36 e Anexo U) para disciplinar eticamente os apelos de sustentabilidade ambiental na publicidade. Dentre as alterações, destaca-se que “não serão considerados pertinentes apelos que divulguem como benefício socioambiental o mero cumprimento de disposições legais e regulamentares a que o Anunciante se encontra obrigado”. Dada a atualidade e pertinência da temática, defina o que é “greenwashing” e seu enquadramento jurídico junto ao CDC. Máximo de 20 linhas.

Discursivas - Rodada 51.2011 - Questão 3

João e Carlos tinham firmaram contrato de locação de imóvel comercial. O primeiro era o proprietário e o segundo o inquilino. O contrato seria de 36 meses. No 18º mês, Carlos notificou João de que estava deixando o imóvel, mas continuaria pagando o aluguel até que João achasse outro inquilino. Firmaram um termo de compromisso, no qual João não cobraria qualquer multa contratual. Carlos estava certo de que o imóvel seria locado imediatamente, por conta da excelente localização, e, por isso, negociou esta solução. A questão é que João, passados quatro meses, tranquilo por estar recebendo o aluguel de qualquer jeito, ainda não tinha tomado providências efetivas para alugar o imóvel. Carlos, então, deseja tomar alguma medida processual. Pergunta-se: em relação ao direito material, quais argumentações/teorias/princípios Carlos poderia invocar em seu favor? Resposta em 15 linhas.

Discursivas - Rodada 51.2011 - Questão 4

O Município de Goiânia, detectando que o centro da cidade está um caos, institui o pagamento de uma taxa (denominação utilizada pelo Município) cobrada daqueles que estacionam nas vias públicas do centro da cidade. Pagando-se a taxa, o carro poderia ficar estacionado por duas horas. Pergunta-se: qual a natureza jurídica de dita cobrança? Como a doutrina aborda o assunto? Resposta em 20 linhas.

Discursivas - Rodada 51.2011

Optando um administrado por pleitear, simultaneamente, a mesma pretensão tanto num processo administrativo como num processo judicial, o que ocorrerá segundo o sistema jurídico brasileiro?
Ainda na mesma hipótese, supondo que os 2 processos sigam seu curso normal de instrução e haja o posterior reconhecimento do direito do administrado pelo próprio ente público no processo administrativo, como ficaria a ação judicial já ajuizada e ainda não sentenciada?
Existe alguma contradição?
Responda às 3 perguntas. Máximo de 20 linhas.

 

Recentemente o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) alterou o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária (art. 36 e Anexo U) para disciplinar eticamente os apelos de sustentabilidade ambiental na publicidade. Dentre as alterações, destaca-se que “não serão considerados pertinentes apelos que divulguem como benefício socioambiental o mero cumprimento de disposições legais e regulamentares a que o Anunciante se encontra obrigado”. Dada a atualidade e pertinência da temática, defina o que é “greenwashing” e seu enquadramento jurídico junto ao CDC. Máximo de 20 linhas.

 

João e Carlos tinham firmaram contrato de locação de imóvel comercial. O primeiro era o proprietário e o segundo o inquilino. O contrato seria de 36 meses. No 18º mês, Carlos notificou João de que estava deixando o imóvel, mas continuaria pagando o aluguel até que João achasse outro inquilino. Firmaram um termo de compromisso, no qual João não cobraria qualquer multa contratual. Carlos estava certo de que o imóvel seria locado imediatamente, por conta da excelente localização, e, por isso, negociou esta solução. A questão é que João, passados quatro meses, tranquilo por estar recebendo o aluguel de qualquer jeito, ainda não tinha tomado providências efetivas para alugar o imóvel. Carlos, então, deseja tomar alguma medida processual. Pergunta-se: em relação ao direito material, quais argumentações/teorias/princípios Carlos poderia invocar em seu favor? Resposta em 15 linhas.

 

O Município de Goiânia, detectando que o centro da cidade está um caos, institui o pagamento de uma taxa (denominação utilizada pelo Município) cobrada daqueles que estacionam nas vias públicas do centro da cidade. Pagando-se a taxa, o carro poderia ficar estacionado por duas horas. Pergunta-se: qual a natureza jurídica de dita cobrança? Como a doutrina aborda o assunto? Resposta em 20 linhas.

 

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