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Defensoria Pública Estadual - Rodada 17.2014

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Defensoria Pública Federal - Rodada 17.2014

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Discursivas - Rodada 17.2014 - Questão 1

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Discursivas - Rodada 17.2014 - Questão 2

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Discursivas - Rodada 17.2014 - Questão 4

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Objetivas - Rodada 17.2014

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Ministério Público Estadual - Rodada 17.2014

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Ministério Público Federal - Rodada 17.2014

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Discursiva Federal - Rodada 17.2014

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Magistratura Trabalhista - Rodada 17.2014

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Sentença Federal - Rodada 17.2014

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PGE/PGM - Rodada 16.2014

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Sentença Estadual - Rodada 16.2014

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Defensoria Pública Estadual - Rodada 16.2014

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Defensoria Pública Federal - Rodada 16.2014

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Discursivas - Rodada 16.2014 - Questão 1

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Discursivas - Rodada 16.2014 - Questão 2

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Magistratura Trabalhista - Rodada 16.2014

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Ministério Público Estadual - Rodada 16.2014

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Discursiva Federal - Rodada 16.2014

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Ministério Público Federal - Rodada 16.2014

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Objetivas - Rodada 16.2014

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Sentença Federal - Rodada 16.2014

Defensoria Pública Estadual - Rodada 17.2014

Eliana Matra, 20 anos de idade na época dos fatos, foi processada criminalmente por supostamente ter adentrado a casa do próprio pai Geraldo Matra, 55 anos na época dos fatos, e subtraído joias de sua madrasta, Aline Matra, 59 anos na época dos fatos.  Tudo se deu em cinco de maio de 2005. As joias furtadas, na verdade eram bijuterias cujo valor global não ultrapassava cem reais. Na data da denúncia Eliana Matra já tinha mais de sessenta anos pelo que o furto teria se dado contra idoso. O Ministério Público deixou de propor a suspensão condicional do processo porque o crime foi cometido em face de idoso o que não recomendaria a medida. O crime foi tipificado no art. 155 e art. 60 inciso II, alínea “h” do CP. A denúncia foi recebida no dia 21 de abril de 2014.

A defensoria pública foi nomeada após o silêncio da ré, que, embora abastada, preferiu não indicar advogado, a intimação com remessa dos autos se deu no dia 25 de abril de 2014.

Faça peça processual diferente de HC que ataque todas as irregularidades narradas no enunciado. Date a peça do último dia do prazo. Máximo de cem linhas, times new Roman, dispensada a repetição de fato. 

Tudo se passou na comarca de Vara Única de Vera Estrela.

 

Defensoria Pública Federal - Rodada 17.2014

Elantra Criméia, com vinte anos de idade na época dos fatos, foi acusada pelo MPF em denúncia datada de 22 de janeiro de 2013 de no dia 25 de abril de 2010 ter sido presa em flagrante enquanto aliciava jovens para trabalhar como prostitutas na Espanha. Como Elantra seguia as ordens de Beltrão Amado, já morto em tiroteio com a polícia, entendeu-se, só por isso, que seria integrante de organização criminosa, isto motivou sua prisão preventiva. Estando presa desde a sua prisão em flagrante. A denúncia tipificou a conduta no art. 231 do CP, §1º. Foram testemunhas arroladas Juvência Cota e Mirtes Flávia.

Elantra não registra antecedentes criminais.

A denúncia foi recebida no dia  10 de abril de 2014. A defesa escolhida pela ré deixou correr em branco o prazo para apresentação de defesa escrita. O juiz marcou interrogatório em que a ré contou que era prostituta e que tinha interesse de ir à Espanha, mas que só poderia ir se conseguisse uma turma de dez garotas, pois só a partir deste número seria viabilizada a viagem por Beltrão Amado. As testemunhas ouvidas em seguida confirmaram a versão da ré e informaram que tinham  interesse de ir à Espanha, pois Beltrão prometera um bom lucro a Elantra e a quem fosse.

O Ministério Público postulou em peça resumida a condenação da ré nos termos da inicial. Foram dadas vistas à defensoria pública, visto que o advogado escolhido por Elantra não pôde ser encontrado, os autos entraram no protocolo da defensoria no dia 25 de abril de 2014.

Faça peça processual diferente de HC que ataque todas as irregularidades narradas no enunciado. Date a peça do último dia do prazo. Máximo de cem linhas, Times New Roman, dispensada a repetição de fato. 

Tudo se deu na Capital do Estado 27, Alta Floresta onde as Varas Federais tem especialização de competência.

 

Discursivas - Rodada 17.2014 - Questão 1

Prevê a Lei n. 8.038/90, que trata dos processos penais em que há foro por prerrogativa de função: Art. 4º - Apresentada a denúncia ou a queixa ao Tribunal, far-se-á a notificação do acusado para oferecer resposta no prazo de quinze dias (...). Art. 6º - A seguir, o relator pedirá dia para que o Tribunal delibere sobre o recebimento, a rejeição da denúncia ou da queixa, ou a improcedência da acusação, se a decisão não depender de outras provas. Pergunta-se: depois do recebimento da denúncia há necessidade de facultar ao acusado a apresentação da defesa prevista no 396-A do CPP? Resposta em até quinze linhas.

Discursivas - Rodada 17.2014 - Questão 2

Ruy Barbosa, proprietário de um imóvel residencial e na qualidade de locador, firmou um instrumento particular de locação com Epitácio Pessoa, na qualidade de locatário, estipulando um aluguel de R$ 1.000,00/mês pelo prazo de 1 ano. Ainda na avença, figurou como fiador do locatário Washington Luis, que expressamente renunciou ao benefício de ordem e prestou a garantia fidejussória até a entrega das chaves, e assinaram como testemunhas Getúlio Vargas e Deodoro da Fonseca. Contudo, findo o prazo inicial Epitácio continuou a residir no imóvel e a pagar mensalmente o valor ajustado, sem oposição de Ruy. Passados mais 2 anos Ruy ajuíza ação revisional de aluguel contra Epitácio, sem que Washington figurasse no polo passivo da demanda. A sentença que transita em julgado dá ganho de causa à Ruy, majorando o aluguel mensal para R$ 1.500,00. A partir de então Epitácio passa a não mais pagar os aluguéis. Pergunta-se: Washington seria legitimado a figurar como réu em processo de execução cobrando os aluguéis revisados? Máximo de 15 linhas.

Discursivas - Rodada 17.2014 - Questão 3

Disserte sobre a Promessa de Fato de Terceiro. Resposta em até 15 (quinze) linhas.

Discursivas - Rodada 17.2014 - Questão 4

Disserte sobre os principais procedimentos administrativos a cargo do Conselho Nacional de Justiça. Resposta em até 15 (quinze) linhas.

Discursivas - Rodada 17.2014

Prevê a Lei n. 8.038/90, que trata dos processos penais em que há foro por prerrogativa de função: Art. 4º - Apresentada a denúncia ou a queixa ao Tribunal, far-se-á a notificação do acusado para oferecer resposta no prazo de quinze dias (...). Art. 6º - A seguir, o relator pedirá dia para que o Tribunal delibere sobre o recebimento, a rejeição da denúncia ou da queixa, ou a improcedência da acusação, se a decisão não depender de outras provas. Pergunta-se: depois do recebimento da denúncia há necessidade de facultar ao acusado a apresentação da defesa prevista no 396-A do CPP? Resposta em até quinze linhas.

 

Ruy Barbosa, proprietário de um imóvel residencial e na qualidade de locador, firmou um instrumento particular de locação com Epitácio Pessoa, na qualidade de locatário, estipulando um aluguel de R$ 1.000,00/mês pelo prazo de 1 ano. Ainda na avença, figurou como fiador do locatário Washington Luis, que expressamente renunciou ao benefício de ordem e prestou a garantia fidejussória até a entrega das chaves, e assinaram como testemunhas Getúlio Vargas e Deodoro da Fonseca. Contudo, findo o prazo inicial Epitácio continuou a residir no imóvel e a pagar mensalmente o valor ajustado, sem oposição de Ruy. Passados mais 2 anos Ruy ajuíza ação revisional de aluguel contra Epitácio, sem que Washington figurasse no polo passivo da demanda. A sentença que transita em julgado dá ganho de causa à Ruy, majorando o aluguel mensal para R$ 1.500,00. A partir de então Epitácio passa a não mais pagar os aluguéis. Pergunta-se: Washington seria legitimado a figurar como réu em processo de execução cobrando os aluguéis revisados? Máximo de 15 linhas.

 

Disserte sobre a Promessa de Fato de Terceiro. Resposta em até 15 (quinze) linhas.

 

Disserte sobre os principais procedimentos administrativos a cargo do Conselho Nacional de Justiça. Resposta em até 15 (quinze) linhas.

 

Objetivas - Rodada 17.2014

(Emagis) As assertivas que seguem tratam de dispositivos da Constituição Federal referentes à ‘Educação’, além da respectiva interpretação pelo Supremo Tribunal Federal.
I – Um dos princípios constitucionais a reger o ensino é a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais.
II – O Estado é obrigado a garantir, de forma gratuita, apenas o ensino fundamental, assegurando, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria
III – Segundo o Supremo Tribunal Federal o princípio constitucional da gratuidade do ensino público não obriga autarquia federal prestadora de ensino profissionalizante a assegurar a aluno, matriculado sob regime de internato, alimentação gratuita.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) A respeito da reverberada compreensão da sociedade aberta de intérpretes da Constituição, desenvolvida por Peter Häberle, avalie as assertivas que seguem.
I – Na perspectiva de Häberle, é inadequado, sob a ótica de um Estado Democrático de Direito, o direcionamento da interpretação do texto constitucional apenas aos magistrados.
II – A exigência de uma sociedade aberta de intérpretes, elaborada pelo professor alemão, compreende cada sujeito como destinatário da norma constitucional e também como seu intérprete, em um processo ativo de construção do seu sentido.
III – A Constituição é compreendida como um processo cultural, expressando um certo grau de desenvolvimento cultural, um meio de auto representação própria de todo um povo.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) A respeito da medida cautelar de indisponibilidade de bens em ação de improbidade administrativa, avalie, considerada a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, as assertivas que seguem.
I – Não pode recair sobre bens adquiridos anteriormente à ação reputada ímproba.
II – Não pode superar o valor do prejuízo que se alega decorrente da ação reputada ímproba.
III – Não pode ser determinada antes do recebimento da petição inicial da ação de improbidade.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) No âmbito do Direito Ambiental, especificamente em matéria de mudanças climáticas, foi elaborada a Lei 12.187/2009, que cuida da Política Nacional de Mudança do Clima – PNMC. Sobre os princípios e os meios de execução da referida política, avalie as assertivas que seguem.
I – Acolhe-se expressamente o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas.
II – Embora a PNMC e as ações dela decorrentes devam ser executadas sob responsabilidade dos entes políticos e dos órgãos da administração pública, estabelece-se o dever de todos de atuar, em benefício das presentes e futuras gerações, para redução dos impactos decorrentes das interferências antrópicas sobre o sistema climático.
III – Reiterando falhas cometidas por outras leis ambientais, não se estipulou a necessidade de integração das ações de âmbito nacional para o enfrentamento das alterações climáticas com as ações promovidas no âmbito estadual e municipal.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) Quanto ao princípio da liberdade de tráfego como limitação constitucional ao poder de tributar, julgue as assertivas a seguir:
I – A Constituição proíbe a instituição de tributos de passagem, excetuada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder público.
II – O pedágio sempre terá a natureza de tributo.
III – A liberdade de tráfego confere imunidade tributária às operações interestaduais de circulação de mercadorias e de prestações de serviços de transporte.

 

(Emagis) Determinada lei do ente tributante confere anistia (art. 175, II, do CTN) a todas as multas de ofício de determinado tributo. A mesma lei possui dispositivo normativo expresso indicando que o benefício tributário ora concedido não constituiria remissão (art. 156, IV, do CTN) em nenhuma hipótese. Atendo-se à sistemática do CTN, analise as seguintes situações:
I – Infração cometida antes da vigência da lei com a penalidade pecuniária ainda não lançada por auto de infração.
II – Infração cometida antes da vigência da lei com a penalidade pecuniária já lançada por auto de infração.
III – Infração cometida após a vigência da lei com a penalidade pecuniária ainda não lançada por auto de infração.
É (São) alcançada(s) pela anistia conferida pela lei do ente tributante o(s) item(ns):

 

(Emagis) As assertivas que seguem tratam da sistemática a ser adotada no cálculo da aposentadoria por invalidez precedida do gozo de auxílio doença pelo segurado, considerada a jurisprudência sedimentada pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça. Marque, a propósito, a alternativa CORRETA.

 

(Emagis) Sobre a suspensão de liminar, de segurança e de tutela antecipada requeridas pelas pessoas jurídicas de direito público, julgue os itens a seguir:
I – A natureza jurídica do instituto ostenta caráter recursal.
II – O acórdão de tribunal de 2º grau que, em agravo regimental, confirme ou reforme a decisão do respectivo presidente na apreciação inicial do pedido de suspensão se sujeita, em regra, a recurso extraordinário e/ou especial.
III – Com o advento de sentença definitiva no 1º grau de jurisdição que expressamente confirme a liminar que já fora suspensa por presidente de tribunal superior, o provimento judicial readquirirá automaticamente a executoriedade.

 

(Emagis) As assertivas que seguem tratam da jurisprudência sedimentada pelo Superior Tribunal de Justiça a respeito do cabimento de multa e honorários advocatícios em execução provisória regida pelo Código de Processo Civil.
I – A multa prevista no artigo 475-J do CPC não se aplica em sede de execução provisória, incidindo somente após o trânsito em julgado da sentença na hipótese em que a parte vencida, intimada por intermédio do seu advogado, não cumpra voluntaria e tempestivamente a condenação.
II – Em sede de execução provisória descabe o arbitramento de honorários advocatícios em benefício do exequente.
III – Em sede de execução provisória cabe o arbitramento de honorários advocatícios em benefício do executado, caso, por exemplo, seja a execução extinta sem julgamento do mérito ou seu valor reduzido.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) Importante norma reitora das execuções fiscais é aquela prevista no artigo 20 da Lei 10.522/2002, que limita a cobrança de débitos inferiores a R$ 10.000,00 (dez mil reais). A propósito da interpretação construída pelo Superior Tribunal de Justiça a respeito desse dispositivo, marque a alternativa INCORRETA.

 

(Emagis) Sobre a possibilidade jurídica de, em processo de interdição civil de incapaz promover-lhe a internação compulsória com base em juízo referente a sua periculosidade social, considerada a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, marque a alternativa CORRETA.

 

(Emagis) Analise as situações descritas abaixo:
I – Consumidor é cobrado de forma abusiva por dívida existente de R$ 100,00 pelo fornecedor e não paga.
II – Consumidor é cobrado por dívida inexistente de R$ 100,00 com engano justificável do fornecedor e paga.
III – Consumidor é cobrado por dívida inexistente de R$ 100,00 com engano injustificável e má-fé do fornecedor e paga.
Em relação, especificamente e tão somente, aos danos materiais, o valor devido como indenização pelo respectivo fornecedor a título de repetição será de:

 

(Emagis) O prazo prescricional aplicável à ação monitória para cobrança de cheque prescrito, de acordo com a jurisprudência recentemente sumulada pelo Superior Tribunal de Justiça é:

 

(Emagis) O prazo prescricional aplicável à ação monitória para cobrança de nota promissória sem força executiva, de acordo com a jurisprudência recentemente sumulada pelo Superior Tribunal de Justiça é:

 

(Emagis) Sobre os aspectos processuais da recuperação judicial, extrajudicial e falência do empresário e da sociedade empresária, julgue os itens a seguir:
I – É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do domicílio do devedor ou da sede da sociedade empresária, constantes do registro público de empresas mercantis.
II – O critério de competência territorial para as ações que versem sobre recuperação judicial, extrajudicial e falência é relativo, admitindo-se prorrogação se o réu não opuser exceção declinatória.
III – A prevenção nas ações que versem sobre recuperação judicial, extrajudicial e falência será determinada segundo o critério do primeiro despacho ou da citação válida, a depender de os juízes terem ou não a mesma competência territorial.

 

(Emagis) As assertivas que seguem tratam das sanções aplicáveis aos prefeitos que cometam os crimes previstos no artigo 1º, do Decreto-lei n. 201/1967.
I – A despeito de o mencionado artigo arrolar vinte e três incisos em que descritas figuras típicas, a todos comina a mesma sanção privativa de liberdade: reclusão de 2 a 12 anos.
II – A condenação pelos crimes em questão sujeita o réu à perda do cargo e à inabilitação, por cinco anos, para o exercício de cargo ou função pública, eletivos ou por nomeação.
III – A jurisprudência atual do STJ é no sentido de que a sanção de inabilitação para o exercício de função pública é autônoma em relação à sanção privativa de liberdade, de modo que, ainda que prescrita esta, aplicável pode ser aquela.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) As assertivas que seguem tratam das distinções e aproximações, trazidas em doutrina e acolhidas pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, entre o crime de obtenção fraudulenta de financiamento (Lei 7.492/1986, artigo 19, caput: “Art. 19. Obter, mediante fraude, financiamento em instituição financeira: Pena - Reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa”) e o de estelionato (Código Penal, artigo 171, caput: Art. 171. “Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de um a cinco anos e multa”).
I – O crime de obtenção fraudulenta de financiamento, tal como o estelionato, é material.
II – O crime de obtenção fraudulenta de financiamento, tal como o estelionato, consuma-se no instante em que a vantagem ilícita (no caso, a quantia mutuada) é disponibilizada ao agente.
III – Caso a obtenção fraudulenta seja de empréstimo, isto é, quantia desvinculada de qualquer aplicação específica por parte do mutuário, o crime será de estelionato.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) As assertivas que seguem tratam dos prazos no processo penal, considerada a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e as disposições da legislação correlata.
I – A Defensoria Pública tem prazo em dobro no processo penal.
II – Os integrantes de serviços de assistência judiciária organizados por Estados que não contem com Defensoria Pública não gozam de prazo em dobro no processo penal.
III – O Ministério Público, por aplicação do princípio da igualdade das partes no processo penal, goza também, em tal âmbito, do prazo em dobro.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) As assertivas que seguem tratam dos dispositivos do Código de Processo Penal referentes à ‘mutatio libelli’.
I – A mutatio libelli, não podendo ser feita pelo juiz, cabe ao Ministério Público, através de aditamento na denúncia ou queixa, sendo que, não procedendo o MP ao aditamento, aplica-se o artigo 28 do CPP.
II – Havendo aditamento, não cabe ao MP complementar o rol de testemunhas, seguindo o feito para manifestação da defesa e posterior prolação de sentença.
III – Não recebido o aditamento, o processo deve ser extinto sem julgamento do mérito.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) Sobre a evolução histórica daquele que alguns estudiosos denominam Direito Internacional dos Direitos Humanos, marque a alternativa INCORRETA.

 

Ministério Público Estadual - Rodada 17.2014

No dia 01 de janeiro de 2014, na sede da empresa Compensados Paulista Ltda., na cidade de Florianópolis/SC, Adolph Ritler, ao despedir o seu então funcionário Pedro Pereira, proferiu palavras de discriminação racial, fato este presenciado por outros funcionários e por um cliente que fazia compras no momento.

Acionada por Pedro Pereira, a PMSC efetuou a prisão em flagrante de Adolph Ritler e o conduziu à delegacia local. No 1º Distrito Policial, o Delegado de Polícia ouviu a vítima e as testemunhas que presenciaram o fato. Inquirida, a vítima Pedro Pereira falou que Adolph Ritler chamou-o de 'preto banguelo', 'negro fedido', e disse, ainda, 'que não gostava da raça negra'. Ao final de seu depoimento, Pedro Pereira disse que gostaria que Adolph Ritler fosse punido exemplarmente, já que o Brasil não mais poderia permitir a prática do racismo. As testemunhas inquiridas confirmaram que Adolph Ritler proferiu as palavras racistas acima mencionadas. Diante da prova testemunhal colhida, a autoridade policial lavrou o auto de prisão em flagrante, imputando o delito previsto no art. 20 da Lei 7.716/89 a Adolph Ritler.

Devidamente comunicado da prisão em flagrante, o MM. Juiz de Direito em Plantão concedeu liberdade provisória a Adolph Ritler, argumentando que não estavam presentes os requisitos da prisão preventiva.

O inquérito policial foi concluído em 04 de abril de 2014 e imediatamente enviado ao MPSC. Na condição de promotor de justiça substituto, elabore a (s) peça (s) processual (ais) que entender cabível (eis), sem acrescentar qualquer fato novo.

 

Ministério Público Federal - Rodada 17.2014

Disserte sobre as críticas atuais ao princípio da obrigatoriedade da ação penal e o papel do Ministério Público, considerando a seletividade da persecução criminal.
O que extrapolar trinta linhas não será considerado na correção.

 

Discursiva Federal - Rodada 17.2014

Prevê a Lei n. 8038/90, que trata dos processos penais em que há foro por prerrogativa de função:Art. 4º - Apresentada a denúncia ou a queixa ao Tribunal, far-se-á a notificação do acusado para oferecer resposta no prazo de quinze dias(...)Art. 6º - A seguir, o relator pedirá dia para que o Tribunal delibere sobre o recebimento, a rejeição da denúncia ou da queixa, ou a improcedência da acusação, se a decisão não depender de outras provas. Pergunta-se: depois do recebimento da denúncia há  necessidade de facultar ao acusado a apresentação da defesa prevista no 396-A do CPP? Resposta em até quinze linhas



 

Ruy Barbosa, proprietário de um imóvel residencial e na qualidade de locador, firmou um instrumento particular de locação com Epitácio Pessoa, na qualidade de locatário, estipulando um aluguel de R$ 1.000,00/mês pelo prazo de 1 ano. Ainda na avença, figurou como fiador do locatário Washington Luis, que expressamente renunciou ao benefício de ordem e prestou a garantia fidejussória até a entrega das chaves, e assinaram como testemunhas Getúlio Vargas e Deodoro da Fonseca. Contudo, findo o prazo inicial Epitácio continuou a residir no imóvel e a pagar mensalmente o valor ajustado, sem oposição de Ruy. Passados mais 2 anos Ruy ajuíza ação revisional de aluguel contra Epitácio, sem que Washington figurasse no polo passivo da demanda. A sentença que transita em julgado dá ganho de causa à Ruy, majorando o aluguel mensal para R$ 1.500,00. A partir de então Epitácio passa a não mais pagar os aluguéis. Pergunta-se: Washington seria legitimado a figurar como réu em processo de execução cobrando os aluguéis revisados? Máximo de 15 linhas.

 

  Euclides, proprietário de imóvel localizado em região que veio depois a ser declarada pelo Poder Público como de especial proteção ambiental, questiona que a declaração é inválida porque (i) levada a efeito por meio formalmente inadequado (decreto em vez de lei); ii) feita sem referência a dotação orçamentária destinada a cobrir gastos com indenização dos titulares de imóveis abrangidos pela unidade de conservação; iii) objeto de consulta pública realizada em momento anterior ao da conclusão dos estudos técnicos referentes ao local, dimensão e limites da unidade de conservação. A insurgência merece acolhida? Justifique em até 20 linhas.

 

Disserte sobre os principais procedimentos administrativos a cargo do Conselho Nacional de Justiça. Resposta em até 15 (quinze) linhas.

 

Magistratura Trabalhista - Rodada 17.2014

Resolva a prova de sentença do XXI Concurso do TRT da 9a Região. Bons estudos!

 

Sentença Federal - Rodada 17.2014

Em outubro de 2012, o Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora/MG promoveu licitação visando à aquisição de 10.000 componentes hemoderivados para seu hemocentro, onde sagrou-se vencedora a sociedade “Cuidar Bem”, cujo quadro societário é composto por Huguinho, Zezinho e Luisinho, renomados hematologistas da região. A licitação ocorreu de forma escorreita, não tendo sido verificado qualquer vício em suas etapas. Não houve também qualquer mácula na formalização do contrato administrativo, celebrado no final do aludido mês.

Movidos pelo desejo de lucro fácil, Huguinho, Zezinho e Luisinho tomaram decisão reprovável, resolvendo entregar ao nosocômio apenas 7.000 componentes, mas recebendo a remuneração originalmente pactuada, que se referia a 10.000 itens, conforme já descrito. Para alcançar o vetusto objetivo, falsificaram a nota fiscal da entrega das mercadorias, nela fazendo constar a entrega de 10.000 componentes hemoderivados. No início de novembro de 2012, o diretor-geral do Hospital Universitário, Dr. Patinhas, destacado neurologista e austero gestor, assinou pessoalmente o protocolo da entrega das citadas mercadorias, uma vez que o quadro deficitário da Universidade e a consequente lentidão no procedimento de entrega poderia ocasionar excessiva demora na disponibilização dos itens adquiridos aos pertinentes tratamentos, prejudicando sem justificativa os pacientes. Dr. Patinhas, com base na confiança depositada em Huguinho, Zezinho e Luisinho, bem conceituados na região, e crendo que as informações constantes da nota fiscal eram verdadeiras, não promoveu a contagem física dos itens entregues ao hospital universitário. O pagamento ocorreu 15 dias após a entrega.

Em janeiro de 2013, equipe de auditoria da Universidade Federal de Juiz de Fora, composta por três servidores, verificou a discordância entre o quantitativo dado como recebido e aquele efetivamente entregue pelos vencedores da licitação, encaminhando relatório pormenorizado ao reitor da instituição educacional. Com base nas informações prestadas, o reitor encaminhou os elementos ao Departamento de Polícia Federal, que instaurou o pertinente inquérito policial. Ao término das investigações, o delegado federal entendeu não estar provado envolvimento criminoso de Patinhas na empreitada, indiciando apenas os outros 3 médicos.

O membro do Ministério Público Federal, como titular da opinio delicti,  decidiu denunciar Patinhas pela prática do crime previsto no art. 171, § 3º, CP, alegando que o diretor-geral, de forma consciente e voluntária, concorreu para a prática delitiva. Além disso, denunciou Huguinho, Zezinho, Luisinho pela prática dos crimes previstos no art. 171,§ 3º, e art. 304, ambos do CP. Finalmente, com base em outro inquérito policial já relatado, imputou, na mesma denúncia, a Huguinho, Zezinho, Luisinho, a prática do crime previsto no art. 316 do Código Penal, pois estes senhores, em atendimentos ambulatoriais realizados no âmbito do SUS, em instalações fornecidas pelo Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora/MG, teriam cobrado dos pacientes os honorários referentes às consultas médicas prestadas. 

Durante a instrução processual, foram ouvidos os três auditores que subscreveram a peça que subsidiou a instauração do inquérito policial. Na ocasião, os três servidores confirmaram o conteúdo do relatório elaborado, que se limitou a concluir que não houve a entrega dos itens conforme exigido no contrato. As testemunhas de defesa de Huguinho, Zezinho e Luisinho foram meramente abonatórias. A testemunha de defesa de Patinhas, Donald, chefe do Hemocentro do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora, afirmou que foi o diretor-geral quem inicialmente desconfiou da entrega deficitária dos componentes hemoderivados, e que foi ele quem solicitou a instauração da já mencionada auditoria.

Por ocasião do interrogatório, Patinhas negou a prática a ele imputada. Já Huguinho, Zezinho e Luisinho confessaram a entrega a menor, eximindo Patinhas de qualquer responsabilidade. Quanto à cobrança de honorários pelas consultas prestadas no âmbito do sistema público de saúde, os três declararam-se inocentes.

Nas alegações finais, o MPF reiterou a alegação de competência da justiça federal para o processamento e julgamento dos crimes em questão. Além disso, sustentou estar devidamente comprovada a materialidade dos delitos, bem como que os elementos produzidos nos autos apontam que os acusados praticaram as condutas narradas na denúncia. Asseverou, ainda, a demonstração da tipicidade, ilicitude e culpabilidade, requerendo a condenação conforme a exordial. A defesa de Huguinho, Zezinho e Luisinho consignou que não há provas da autoria quanto à prática do crime previsto no art. 316 do CP. Nesta seara, sustentou somente ser possível a condenação pelo crime previsto no art. 171 do CP, aplicando-se a atenuante da confissão. A defesa de Patinhas, por sua vez, deduziu ser imperioso o reconhecimento de ausência de autoria.

Com base no relato acima, elabore a sentença criminal adequada, sendo dispensado o relatório.

 

PGE/PGM - Rodada 16.2014

Interiorano Imóveis Ltda. ajuizou “Ação Cautelar de Sustação de Protesto”, com pedido liminar, em face do Município de Goiabeiras do Norte.

Em suas alegações, assere que recebeu intimação do Tabelionato de Protesto de Títulos daquela Comarca para quitar títulos pendentes, no valor total de R$ 8.745,85, identificados pelos protocolos nºs 10050 e 10051 na serventia extrajudicial, sob pena de protesto. Aduz que se trata do aponte das certidões de dívida ativa (CDAs) nºs 4515 e 4572, nos valores de R$ 4.220,65 e R$ 4.525,20, respectivamente, resultantes de procedimentos administrativos promovidos pela municipalidade referentes ao Imposto Predial e Territorial Urbano (exercícios de 2011 e 2012), para serem protestadas por falta de pagamento.

A empresa defende que não há base legal para se levar a protesto as indicadas certidões, pois a CDA consubstancia título hábil para aparelhar a execução, provando o inadimplemento do devedor. Assevera que o art. 204 do CTN estabelece que a dívida ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, tendo o efeito de prova pré-constituída. Nessa linha, afirma a absoluta desnecessidade do protesto e que a sua realização caracterizaria meio coercitivo e ilegal de cobrança da dívida, mencionando que estaria na iminência de sofrer grave prejuízo moral e financeiro caso se permita que os documentos sejam protestados.

Ademais, sustenta a sua ilegitimidade passiva, pois não figura como proprietária do imóvel junto ao Ofício de Registro de Imóveis, em que pese tenha celebrado Contrato Particular de Promessa de Compra e Venda no ano de 2008 e então fixado o estabelecimento comercial no local, não cabendo ao legislador municipal eleger outro contribuinte do tributo que não o titular do imóvel, respeitando o disposto no art. 1.245, § 1º, do Código Civil, especialmente porque se trata de “imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana”.

Liminarmente, pede a sustação do protesto e, por fim, o julgamento de procedência do pedido, informando que pretende ajuizar ação declaratória de nulidade cumulada com reparação de danos.

Recebida a inicial, o magistrado da 2ª Vara Cível da Comarca de Goiabeiras do Norte, reputando ausente o periculum in mora, indeferiu a medida liminar e ordenou a citação do ente público.

Diante do caso hipotético, na condição de Procurador do Município e tendo recebido a incumbência de defender os interesses da Fazenda Pública, redija a peça processual adequada (considerando que o mandado de citação e intimação do Município foi cumprido e juntado aos autos em 10/03/2014, indique como data da peça o último dia do prazo processual, desconsiderando feriados locais).

 

Sentença Estadual - Rodada 16.2014

Narra a denúncia que, no interior da loja Casas Sílvio, Malvino subtraiu para si o telefone celular de Elvira sem que ela percebesse. Quando se preparava para deixar o local, seguranças da loja o abordaram e disseram para devolver o objeto para a vítima sob pena de ser preso em flagrante. Se devolvesse poderia ir embora tranquilo. Afirmaram que Malvino foi gravado e que não deveria mais frequentar a loja porque é repleta de câmeras e que é praticamente nula a chance de prática de crimes sem que a segurança note. Ante a pressão que foi colocada pelos seguranças presentes no local, Malvino entregou o celular para Elvira. 

Todavia, quando a situação parecia contornada e se preparava para ir embora, Malvino desferiu um forte soco em Belchior, chefe da segurança, que veio a desabar no chão e empreendeu fuga neste momento. Somente horas após Malvino foi preso pela polícia militar que estava a sua procura nas imediações.  Belchior foi levado para o hospital e foi constatada a perda de 4 dentes.

O juiz converteu de ofício o flagrante em prisão preventiva.

Instaurado o inquérito policial, foram anexadas as imagens da loja, nas quais ficaram bastante claras as ações praticadas por Malvino. Também foram colhidos os depoimentos das vítimas e dos seguranças.

O Promotor de Justiça o denunciou por tentativa de roubo impróprio, tipificando a conduta no art. 157, parágrafo 1, c/c art. 14, ambos do Código Penal.

Foi realizado exame no IML para constatação das lesões de Belchior, com resultado positivo para a perda de 4 dentes.

Na audiência de instrução e julgamento, as vítimas Elvira e Belchior confirmaram os fatos. Também foram ouvidos os demais seguranças da loja e os policiais militares responsáveis pela prisão em flagrante do réu. O acusado Malvino confirmou os fatos.

Nas alegações finais o Promotor de Justiça requereu condenação nos termos da denúncia e requereu o reconhecimento das seguintes circunstâncias na dosimetria: maus antecedentes por haver prova de que o réu tem condenação transitada em julgado por contravenção há menos de 5 anos; personalidade voltada para o crime por haver sido condenado pela prática de ato infracional análogo a roubo quando tinha 17 anos.

A defesa sustentou nulidade do processo por haver o juiz convertido de ofício o flagrante em prisão preventiva, em que pese o CPP disciplinar a matéria de modo diverso.

O réu respondeu a todo o processo preso.

Elabore a sentença. (Não transcreva acórdãos nem doutrina. Somente transcreva artigos de lei se forem estritamente necessários para a fundamentação).

 

Defensoria Pública Estadual - Rodada 16.2014

Ana Morávia, enfermeira, mas desempregada, fez concurso para servidora pública na área da saúde no município de Vera Estrela. Intentava o cargo de enfermeira no hospital municipal local. Foi reprovada em prova do concurso, mas ficou inconformada por entender que havia erro material nas questões que a reprovaram. Embora o erro fosse grosseiro para qualquer profissional da saúde não saltaria aos olhos do profissional do direito, sendo necessária perícia. Conseguiu que dois professores universitários assinassem laudos, por serem seus amigos, demonstrando o absurdo das questões. O salário do cargo em concurso é de R$ 4.000,00 (quatro mil reais). Fez requerimento administrativo no sentido de que a comissão do concurso anulasse as questões, mas não foi atendida. A Administração respondeu que a correção das questões e seu gabarito eram de exclusiva discricionariedade da comissão e que não seriam revistas.

Desempregada, Ana quis se valer da Defensoria Pública de Vera Estrela.

Na qualidade de Defensor Público Estadual promova a ação adequada. Vera Estrela tem Varas de todas as competências, mas só uma de cada. Cem linhas no máximo. Times new roman.

 

Defensoria Pública Federal - Rodada 16.2014

Gabardino Almeida foi condenado como incurso nas penas do art. 334, § 1º, d, c/c o § 2º, ambos do CP (contrabando ou descaminho). No ano de 2012, mês de maio, teria ido ao Paraguai e comprado um carregamento de videogames. O imposto a ser pago não passa de doze mil reais. A condenação foi um ano de prisão, pena mínima, considerando que o réu não tinha processos criminais de nenhuma espécie em seu desfavor e que seria a primeira e única incursão criminosa dele. O regime de cumprimento foi o aberto e a pena foi substituída por restritiva de direito.

Depois da prisão e do confisco da mercadoria que tinha custado todo o capital de Gabardino, ele ficou sem meios de contratar advogado. Desta feita, ao receber a intimação da condenação pelo Juízo Criminal Federal da Subseção de Vera Estrela Estado 27, preferiu procurar no mesmo dia, 13 de abril a Defensoria Pública da União.   

Como DPU, proponha a peça adequada no último dia do prazo, presuma a intimação para razões do dia seguinte ao fim do prazo para a peça principal. Razões e peça devem ser datados do último dia possível. Times new roman 12. Máximo de cem linhas.

 

Discursivas - Rodada 16.2014 - Questão 1

É possível o reconhecimento do princípio da insignificância em furto cometido mediante concurso de pessoas? Explique em até quinze linhas.

Discursivas - Rodada 16.2014 - Questão 2

O princípio do pecunia non olet legitima a tributação mais gravosa do fato ilícito? Resposta em até quinze linhas

Discursivas - Rodada 16.2014 - Questão 3

Comissão de corretagem pela venda do ponto empresarial: a desistência do comprador, manifestada antes de formalizado o contrato, afeta a remuneração do corretor? Justifique em até 20 linhas.

Discursivas - Rodada 16.2014 - Questão 4

O bem de família pode ser penhorado para pagamento de pensão por dano decorrente de ato ilícito?

Discursivas - Rodada 16.2014

É possível o reconhecimento do princípio da insignificância em furto cometido mediante concurso de pessoas? Explique em até quinze linhas.

 

O princípio do pecunia non olet legitima a tributação mais gravosa do fato ilícito? Resposta em até quinze linhas

 

Comissão de corretagem pela venda do ponto empresarial: a desistência do comprador, manifestada antes de formalizado o contrato, afeta a remuneração do corretor? Justifique em até 20 linhas.

 

O bem de família pode ser penhorado para pagamento de pensão por dano decorrente de ato ilícito?

 

Magistratura Trabalhista - Rodada 16.2014

Discorra sobre a gênese e o desenvolvimento histórico da Orientação Jurisprudencial nº 130 da Seção de Dissídios Individuais II do Tribunal Superior do Trabalho, abordando os reflexos práticos de sua atual redação e a competência e legitimidade nas ações civis públicas.

 

Ministério Público Estadual - Rodada 16.2014

Tramitou na subseção judiciária de Corumbá/MS inquérito policial instaurado pela polícia federal com vistas à apuração de tráfico de entorpecentes. Os investigados referiam-se ao distribuidor do entorpecente como “o federal”, gerando a suspeita da condição de funcionário público federal de um deles, pelo que foi requerida e deferida pelo juízo a interceptação telefônica dos investigados. Ao longo da apuração, restou bastante bem caracterizada a associação de quatro indivíduos, além daquele a quem se referiam como “federal”, para operacionalizar o tráfico de drogas na região sem que, contudo, tenha sido feita qualquer apreensão de entorpecentes. Finda a investigação, foi elucidado que “federal” era, na verdade, apenas um agente penitenciário aposentado, o que levou o magistrado ao declínio dos feitos (inquérito e autos da interceptação) para a justiça estadual, por ausente qualquer das hipóteses delineadas no art. 109, IV, da Constituição.

Recebido o inquérito, o promotor de justiça oficiante ofertou denúncia em face de ÁLVARO ALMEIDA (o “federal”) e outros quatro indivíduos por infringência ao preceito primário do art. 35 da lei 11.343/2006.

O magistrado recebeu a denúncia. Citados, os réus arguiram nulidade da prova produzida, face à incompetência absoluta do juízo que decretou a interceptação telefônica dos então investigados.

O juiz acolheu o argumento dos demandados, decretando a nulidade integral das interceptações telefônicas. Considerando ainda que toda a prova da infração penal era consubstanciada nos áudios, reconheceu ausência de justa causa para a ação penal, absolvendo sumariamente os denunciados.

Os autos vem ao MP. Adote a providência que entender cabível, sem acrescentar fatos novos.

 

Discursiva Federal - Rodada 16.2014

O princípio do pecunia non olet legitima a tributação mais gravosa do fato ilícito? Resposta em até quinze linhas

 

  Comissão de corretagem pela venda do ponto empresarial: a desistência do comprador, manifestada antes de formalizado o contrato, afeta a remuneração do corretor? Justifique em até 20 linhas.

 

Um conceituado administrador de empresas privadas, com 69 anos de idade, foi convidado por prefeito municipal para chefiar a pasta da secretaria de finanças. Alguns dias após haver tomado posse e entrado em exercício no cargo de secretário, o administrador completou 70 anos. Nesta situação, será possível sua permanência no serviço público? Máximo de 15 linhas.

 

O bem de família pode ser penhorado para pagamento de pensão por dano decorrente de ato ilícito?

 

Ministério Público Federal - Rodada 16.2014

Como se dá atuação do Ministério Público nas ações de mandado de segurança por ele não impetradas? Deve haver sempre sua intimação? Deve haver sempre sua intervenção? Deve ter sempre ciência da sentença?

 

Objetivas - Rodada 16.2014

(Emagis) As alternativas que seguem tratam dos dispositivos constitucionais referentes à Zona Franca de Manaus (ZFM), considerada sua interpretação pelo Supremo Tribunal Federal. Marque a alternativa INCORRETA.

 

(Emagis) As alternativas que seguem tratam dos diversos entendimentos externados pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da  já antiga ADI 119 (referente a dispositivos da Constituição do Estado de Rondônia), julgamento que, porém, somente recentemente foi concluído. Marque a alternativa CORRETA.

 

(Emagis) As assertivas que seguem tratam das conclusões recentemente alcançadas pelo STF no julgamento da ADI 179, que combatia diversos dispositivos da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul.
I – Norma presente em Constituição Estadual que faculte ao Estado-membro legislar sobre seguro rural incide em inconstitucionalidade formal.
II – Norma presente em Constituição Estadual que defina, ainda que minimamente, o conteúdo de projetos de lei a serem elaborados pelo Chefe do Poder Executivo, no exercício de sua competência privativa, é inconstitucional.
III – Norma de Constituição estadual que fixe para o Chefe do Executivo prazos para o encaminhamento (ao Poder Legislativo) de projetos de lei incluídos em sua competência privativa é inconstitucional.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) No âmbito do Direito Administrativo, importante norma constitucional a reger os servidores públicos é aquela que emana do inciso XIII, do artigo 37 (“é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal no serviço público”). A propósito da aplicação que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal vem dando à mencionada norma, marque a alternativa CORRETA.

 

(Emagis) Ainda a respeito da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre o assunto ‘servidores públicos’, avalie as assertivas que seguem.
I – É conforme a Constituição Federal norma de Constituição Estadual que disponha, com relação aos servidores dos três Poderes locais, a respeito da forma de composição remuneratória, isto é, que a remuneração total será composta exclusivamente do vencimento-base e de uma única verba de representação.
II – É constitucional norma de Constituição Estadual que fixe como teto para a remuneração dos servidores do três Poderes a remuneração fixada para o Governador do Estado.
III – É constitucional lei estadual que, de iniciativa do respectivo Governador, desde que disponha sobre a denominada ‘política salarial única’ (isto é, aplicável indistintamente a todos os servidores) e desde que tenha natureza de lei complementar estadual, promova a extinção de vantagens recebidas por desembargadores que estejam em descompasso com a aludida política única.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) Recentemente, o Supremo Tribunal Federal analisou, sob repercussão geral, a constitucionalidade da denominada ‘cláusula de barreira’, presente em editais de diversos concursos públicos. A propósito, avalie as assertivas que seguem.
I – Trata-se de cláusula que elimina do certame candidatos que, embora tendo atingido a pontuação mínima estipulada no edital, não se insiram em classificação mínima estipulada pelo instrumento convocatório.
II – Entende o STF que aludida cláusula fere a isonomia, eis que concede tratamento distinto a candidatos que se encontram em situações iguais, isto é, que atingiram a pontuação mínima necessária para habilitação às fases subsequentes do certame.
III – O STF determinou a exoneração de servidor público que, integrado ao serviço público em desrespeito à cláusula de barreira por força de decisão judicial, já se encontrava há mais de 8 anos em exercício.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) Determinado contribuinte tem contra si lavrado auto de infração que lançou e constituiu tanto o crédito tributário do próprio tributo, no valor de R$ 1.000,00, como também da multa por descumprimento de obrigação acessória, no valor de R$ 500,00. Dentro do prazo legal o contribuinte impugnou administrativamente a totalidade dos valores. Contudo, após a defesa e ainda antes da decisão administrativa, nova lei do ente tributante reduziu em metade (50%) a alíquota do tributo objeto de impugnação e reduziu a respectiva multa por descumprimento de obrigação acessória para R$ 250,00. Supondo que a autoridade julgadora rejeite a impugnação e mantenha a autuação, em razão da novel lei deverá indicar que o principal dos valores devidos são:

 

(Emagis) Interrompem ou suspendem a prescrição tributária, exceto:

 

(Emagis) Sobre a antecipação de tutela contra a fazenda pública, julgue os itens a seguir:
I – Descabe a antecipação de tutela contra a fazenda pública quando se tratar da concessão de benefício previdenciário a servidores públicos.
II – Descabe a antecipação de tutela contra a fazenda pública quando se tratar da concessão de aumento ou extensão de vantagens remuneratórias a servidores públicos.
III – Descabe a antecipação de tutela contra a fazenda pública quando se tratar do restabelecimento de vantagens remuneratórias a servidores públicos.

 

(Emagis) Sobre os atos das partes no processo civil, julgue os itens a seguir:
I – Os atos das partes podem consistir em declarações tanto unilaterais como bilaterais de vontade, que, em regra, produzem efeitos imediatamente.
II – A produção de efeitos da desistência da ação pelo autor depende da homologação pelo magistrado.
III – A produção de efeitos da desistência de recurso depende da homologação pelo magistrado.

 

(Emagis) Sobre a execução fiscal, avalie as assertivas que seguem.
I – Por ausência de previsão legal, não cabe ao contribuinte, após vencida sua dívida, mas antes de ajuizada a execução fiscal, prestar em juízo garantia antecipada a fim de obter certidão positiva com efeitos de negativa.
II – Já estando regulamentado pela SUSEP, o seguro garantia judicial pode ser prestado como caução em execução fiscal.
III – Na execução fiscal, ao contrário do que ocorre nas execuções regidas pelo CPC, a penhora de imóveis tem preferência em relação à de veículos.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) A respeito da sistemática aplicável ao processamento de recursos extraordinários submetidos à repercussão geral, avalie as assertivas que seguem.
I – Julgado, pelo STF, o mérito do recurso extraordinário, os recursos sobrestados serão apreciados pelos Tribunais, Turmas de Uniformização e Turmas Recursais, que poderão declará-los prejudicados ou retratar-se.
II – Cabe mandado de segurança contra ato do Presidente do Supremo Tribunal Federal que determina a devolução dos autos à origem ante à existência de feito representativo da controvérsia, desde que a fundamentação do mandamus seja vinculada à distinção entre o feito devolvido e aquele que se alega representativo da controvérsia.
III – Negada a existência de repercussão geral, os recursos sobrestados considerar-se-ão automaticamente não admitidos.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) A ação de petição de herança é tida como uma das inovações do Código Civil de 2002 no âmbito do Direito das Sucessões. A propósito, avalie as assertivas que seguem.
I – Trata-se de demanda que propicia a inclusão de um herdeiro na herança mesmo após sua divisão.
II – Se a ação de petição de herança for exercida por um só herdeiro, ficará restrita aos bens ainda não partilhados.
III – Embora possa a ação ser ajuizada contra terceiro que possua os bens, caso este se enquadre como herdeiro aparente, podem ser considerados válidos e eficazes as alienações por ele feitas.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) Sobre o direito do consumidor, analise e julgue os itens a seguir:
I – O STJ tem entendido que o simples tempo de espera do consumidor em fila de banco por período superior ao previsto na legislação estadual ou municipal é suficiente para ensejar indenização por danos morais.
II – O fato de o correntista de banco ter seu cartão de movimentação da conta corrente clonado por fraudadores é suficiente para afastar a responsabilidade do banco por saques indevidos em razão da excludente da culpa de terceiros.
III – Indivíduo em solo que é atingido por estilhaços de explosão em avião civil de transporte de passageiros que já estava em vôo, deverá invocar para fins de ressarcimento por danos estéticos apenas o Código Civil e o Código Brasileiro de Aeronáutica, já que o Código de Defesa do Consumidor não será aplicável por inexistir contrato prévio entre ele e a Cia. Aérea.

 

(Emagis) O termo inicial de fluência dos juros de mora de crédito veiculado em cheque é:

 

(Emagis) Sobre a perda do cargo como efeito da condenação penal imposta a militar, avalie, atento aos dispositivos legais, constitucionais e respectiva leitura pelo Supremo Tribunal Federal, as assertivas que seguem.
I – Segundo a Constituição Federal, cabe à justiça militar estadual competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.
II – Segundo o Supremo Tribunal Federal, caso seja o militar condenado criminalmente por crime comum do qual decorra a perda do cargo segundo o Código Penal, tal perda decorre da própria decisão condenatória produzida pela justiça comum, sendo desnecessária nova decisão da Justiça Militar.
III – Caso seja o militar condenado por crime militar definido em lei, a decisão sobre a perda do posto e da patente caberá à Justiça Militar.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) As assertivas que seguem tratam do furto com rompimento de obstáculo oposto à subtração da coisa, considerada a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e as disposições do Código Penal.
I – A subtração de veículo mediante o rompimento de seus vidros não configura a específica figura posta em questão.
II – A subtração de objetos postos no interior do veículo, mediante rompimento dos vidros deste, não constitui a figura em apreço, vez que àquele que furta objeto interior do veículo não pode ser dado tratamento penal mais severo do que aquele que furta o próprio veículo.
III – A figura em questão representa causa especial de aumento de pena do furto simples.
Estão corretas as seguintes assertivas:

 

(Emagis) As assertivas que seguem tratam do rito estipulado pela Lei 8.038/1990 para as ações penais de competência originária do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, em cotejo com procedimento comum estabelecido no Código de Processo Penal. Marque, a propósito, a alternativa INCORRETA.

 

(Emagis) As assertivas que seguem tratam do entendimento recentemente sedimentado pelo STJ, em sede de recurso repetitivo, sobre o rito a ser observado na apuração de falta grave cometida por presidiários e a consequente imposição da sanção pelo juízo da execução penal. Marque a alternativa CORRETA.

 

(Emagis) Sobre a homologação de sentença estrangeira, atento(a) aos dispositivos legais aplicáveis e à jurisprudência do STJ, marque a alternativa CORRETA.

 

Sentença Federal - Rodada 16.2014

A UNIÃO (FAZENDA NACIONAL) ingressou com Ação de Execução Fiscal contra DOROTHY FRANK BAUM, objetivando o recebimento da quantia de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais), relativa ao crédito tributário – já acrescido dos encargos legais – referente ao Imposto Territorial Rural – ITR dos anos de 2005, 2006, 2007, 2008 e 2009, devidamente declarado na Certidão de Dívida Ativa – CDA nº 66.8.04.000341-10 (que acompanhou a inicial), apurada no Processo Administrativo Fiscal – PAF nº 13364.82000/2009-54, resultante do Auto de Infração nº 434.830007.14-89.
A executada foi citada através dos Correios, com carta enviada para o endereço constante nos cadastros fiscais da empresa e informado na inicial, para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os juros, multa de mora e demais encargos, conforme indicado na CDA, ou garantir a execução, na forma do art. 8º da Lei nº 6.830/80, conhecida com Lei de Execução Fiscal – LEF.
O Aviso de Recebimento – AR, sem identificação do recebedor e com assinatura ilegível, foi juntado aos autos 10 (dez) dias depois da diligência.
Expirado o quinquídio sem que a devedora tenha pago o valor cobrado ou garantido a execução, foi determinada – com fundamento nos arts. 10 e 11 da LEF – a penhora eletrônica, via Sistema BACENJUD, de valores existentes em contas-correntes ou aplicações financeiras em nome da executada. Cumprida a medida constritiva, foi penhorada a quantia de 35.000,00 (trinta e cinco mil reais), que se encontrava em conta corrente de titularidade de DOROTHY junto ao Banco Kansas S.A..
Como objetivo de reforçar a garantia do Juízo, foi determinada – a requerimento da exeqüente – a restrição de veículos automotores registrados em nome da executada via Sistema RENAJUD, bem como a expedição de mandado de penhora e avaliação. Contudo, ambas as medidas restaram frustradas.
De todo modo, a executada foi regularmente intimada da penhora on line realizada e 27 (vinte e sete) dias após esta intimação, opôs Embargos à Execução, os quais foram apensados ao processo executivo.
Na peça inaugural do feito incidental, alegou a embargante, inicialmente, a nulidade de sua citação no Processo de Execução, sob o argumento de que a carta de citação não foi recebida pessoalmente por ela, o que implicaria ofensa ao art. 223, parágrafo único, do Código de Processo Civil. Ressaltou que, na verdade, não se sabia sequer quem havia recebido a comunicação epistolar, já que a assinatura estava ilegível, consubstanciando tal falha causa de nulidade absoluta. Em função do invocado vício processual, requereu fossem declarados nulos todos os atos praticados no processo após tal marco, inclusive a penhora on line de valores depositados em sua conta corrente, de modo que seja renovado o ato citatório, oportunizando-lhe novo prazo de 5 (cinco) dias para pagar ou garantir a dívida exequenda.
Prosseguindo em sua defesa, explicou ter sido proprietária da “Fazenda Mágico de Oz”, localizada no Município de Ijuí/RS, a qual foi adquirida em 01/07/2007 do Sr. João Scarecrow e alienada em 01/07/2009 ao Sr. Tin Woodman (juntou escritura do imóvel comprovando a afirmação). Ocorre que, segundo a embargante, a ré constituiu indevidamente créditos de ITR em razão do domínio do tal bem de raiz relativos aos anos 2005, 2006, 2007, 2008 e 2009, cujas notificações de lançamento se deram todas conjuntamente em 01/08/2012, os quais estão sendo agora cobrados pelo Fisco na Ação Executiva Fiscal da qual estes Embargos são dependentes. Segundo a embargante, os tais créditos seriam nulos pelas razões abaixo delineadas.
Inicialmente, esclareceu que em relação a todos os fatos geradores acima citados houve a apresentação da declaração do ITR do imóvel pelo contribuinte no prazo legal, tendo sido devidamente recolhida a quantia declarada como devida a título de imposto (afirmação verdadeira), entretanto entendeu por bem a Fazenda Nacional lançar diferença de crédito por entender que o valor declarado não se encontrava correto, já que não teria levado em conta a área total do imóvel, pelo motivo que mais abaixo será melhor explicado.
Pois bem, iniciando a exposição de suas teses, argumentou a embargante, em primeiro lugar, que os débitos de ITR correspondentes aos anos 2005, 2006 e 2007 não poderiam lhe ser exigidos, já que diriam respeito a fatos geradores ocorridos antes da aquisição do imóvel. Conforme aduzido na inicial dos Embargos, o Fisco somente poderia cobrar tais débitos fiscais do proprietário do imóvel à época dos fatos imponíveis, a saber, o Sr. João Scarecrow, visto que, nos termos do art. 31 do Código Tributário Nacional – CTN, o contribuinte do ITR é “o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título”, disposição essa que é reiterada pelo caput do art. 1º da Lei nº 9.393/96.
Prosseguindo em seus argumentos, ponderou também a Sra. DOROTHY FRANK BAUM que parte dos mencionados débitos são nulos, já que fulminados pela decadência tributária. Aqui, alegou que, cuidando-se de tributo sujeito a lançamento por homologação, o início da contagem do prazo decadencial dá-se com a ocorrência do fato gerador e, uma vez ultrapassado o lustro legal, há de se considerar tacitamente homologado o auto-lançamento feito pelo contribuinte, seguindo a regra do art. 150, § 4º, do CTN, não podendo o Fisco, a partir de então, constituir crédito de eventuais diferenças que entenda devidas.
Argumentou a embargante ainda que, mesmo que superados os óbices acima levantados, os débitos constituídos pela Fazenda Nacional não poderiam subsistir, visto que o imóvel em questão está localizado dentro da zona urbana do Município de Ijuí/RS, conforme delimitação territorial traçada por seu Plano Diretor (tome essa afirmação fática como verdadeira). Neste ponto, suscitou novamente o disposto no art. 1º da Lei nº 9.393/96, na parte em que estabelece que o ITR “tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do município”.
Por fim, voltou a explicar a embargante que a constituição de diferenças de crédito por parte do Fisco deu-se em razão de nas declarações do ITR e nos correspondentes pagamentos ter-se feito a dedução de 20% da área total do imóvel, porção que afirma corresponder à área de reserva legal. Aduziu, quanto ao ponto, que foi feita tal dedução em razão de a área de reserva legal de cada imóvel ser isenta do pagamento do ITR, conforme disciplina da Lei nº 9.393/96, o que não teria sido aceito pela Fazenda Nacional, em um comportamento que acusa de ilegal.
Postas essas razões, requereu fossem julgados procedentes os Embargos para declarar a nulidade do Auto de Infração nº 434.830007.14-89 e, consequentemente, também a nulidade do débito tributário consubstanciado na CDA nº 66.8.04.000341-10, que embasa a Ação de Execução Fiscal apensa.
Intimada pessoalmente, a União, através da Procuradoria da Fazenda Nacional – PFN, apresentou Impugnação dentro do prazo legal. Nessa peça, requereu, preambularmente, o não conhecimento dos Embargos, sob o fundamento de que o crédito exequendo não estaria integralmente garantido, já que, embora o feito executivo buscasse o recebimento da quantia de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais), foram penhorados apenas R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais). Argumentou que, em se tratando de Execução Fiscal, a garantia do juízo é requisito indispensável ao processamento dos Embargos, nos termos do art. 16, § 1º, da Lei nº 6.830/80. Desta feita, postulou seja o feito incidental extinto sem resolução do mérito, pela ausência de um de seus pressupostos processuais, na forma do art. 267, IV, do Código de Processo Civil.
Caso superada esta preliminar, requereu sejam os Embargos julgados improcedentes, pelos motivos a seguir expostos.
Alegou a ré não importar que os fatos geradores tenham ocorrido antes da aquisição do imóvel pela embargante, pois, segundo sustentou, a responsabilidade tributária pelo ITR é sempre do atual proprietário do bem. Quanto à alegada decadência, afirmou que, ao contrário do afirmado na inicial, o ITR é tributo sujeito a lançamento de ofício, pelo que o início do prazo decadencial para a constituição do crédito tributário somente se inicia no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que se concretizou a hipótese de incidência, conforme estabelecido pelo art. 173, I, do CTN.
No tocante ao fato de o imóvel da embargante encontrar-se dentro do perímetro urbano do Município de Ijuí/RS, aduziu a Fazenda Pública embargada que o relevante para fins de incidência do ITR é que o bem tenha destinação agrícola, pouco importando que, de acordo com o Plano Diretor, esteja aquele inserido em área urbana, e, no caso em apreço, na “Fazenda Mágico de Oz” é desenvolvido o cultivo de milho e arroz (afirmação de fato verdadeira). Para finalizar, alegou a UNIÃO que a área de reserva legal do imóvel em questão não poderia ser deduzida da base de cálculo do imposto, já que ela não estaria averbada junto ao Registro do Imóvel, requisito indispensável ao aproveitamento da isenção fiscal, até porque a área da reserva legal pode ser variável (de fato, no registro da “Fazenda Mágico de Oz” junto Cartório de Imóveis da circunscrição não havia averbação da reserva legal).
Intimada para se manifestar sobre a Impugnação, a embargante afirmou que deveria ser aplicada ao caso a disposição do art. 736 do Código de Processo Civil, fazendo-se prescindível, pois, qualquer garantia do Juízo para o processamento dos Embargos.
Estando presentes os pressupostos do art. 333, I, do Código de Processo Civil, os autos foram conclusos para sentença.

Prolate a sentença dos Embargos à Execução. Fica dispensado o Relatório.

 

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